sexta-feira, 6 de abril de 2012

Amar até o fim

Amar até o fim

Postado por Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
A Igreja é o sinal mais eficaz da Presença de Cristo vivo e ressuscitado. Nela recebemos a semente da fé que nos traz imortalidade. Somos salvos em Cristo. Nele recebemos a força e a graça de dar testemunho Dele em todos os lugares, mesmo com a nossa vida. A coragem cristã vem da raiz da fé no tronco da arvore que é Jesus, se estivermos ligados a Ele temos vida, pois a sua palavra e os sacramentos nos revitaliza sempre. O remédio mais seguro e eficaz que temos para a vida é Jesus(1).

Na Jornada dos missionários mártires de 24 de março, a RAI (televisão pública italiana), a TV2000 (emissora do episcopado italiano) e a prefeitura de Roma se uniram nesta segunda-feira em uma transmissão sem precedentes, para recordar um grupo de católicos que morreram pela fé em Cristo e no serviço à Igreja. Um dos objetivos da Jornada é “evitar que o seu testemunho fique nas catacumbas”, disse a ZENIT o bispo de Terni, dom Vicenzo Paglia (2).

No famoso teatro Argentina de Roma, centenas de religiosos e leigos provenientes de vários continentes de missão participaram de um moderno espetáculo com vídeos exclusivos, declamações, relatos e testemunhos de quem conheceu e conviveu com os novos mártires. Era, para eles, como ver em perspectiva o que poderia acontecer com quem decidisse “ir até onde ninguém quer ir e ficar quando todos querem sair”: os territórios de perseguição e hostilidade contra os cristãos (2).

Centenas de cristãos e católicos foram assassinados nos últimos anos. A eles devem juntar-se os 26 registrados pela Igreja em 2011.A homenagem a esses “cascos azuis” da fé se concentrou nos padres Fausto Tenorio (Filipinas, 2011), Rageed Ganni (Iraque, 2007), Andrea Santoro (Turquia, 2006), Raffaele Di Bari (Uganda, 2000); nas religiosas Dorothy Stang (Brasil, 2005) e Gina Simionato (Burundi, 2000), e na voluntária Annalena Toneli (Somália, 2003); assim como nos 19 leigos crucificados no Sudão (2009), no ministro paquistanês Shahbaz Bhatti (2011) e no arcebispo Oscar Romero (1980) (2).

Dom Vicenzo Paglia, relator da causa do ex-arcebispo salvadorenho, trazendo ao peito a cruz de Romero, deu seu depoimento junto com irmã do padre Santoro e outros convidados. Todos compartilharam a experiência de ter conhecido e convivido com um mártir, inclusive nos momentos em que eram conscientes da sua morte iminente, da qual nunca fugiram. Em breve diálogo com ZENIT, dom Paglia recordou que as perseguições continuam no mundo, algumas culminando na morte de católicos, como no Egito, Nigéria, Índia, Paquistão e América Latina, onde o fato da falta de liberdade para expressar a fé já é um tipo de martírio. E observou também que há outras perseguições mais sutis “e psicológicas” em alguns países ocidentais (2).

Infelizmente o mundo está distante de Cristo. A sua cruz ainda não é compreendida e muitos temem a ela. Há lugares que quer retirar esse sinal de amor e doação incondicional a humanidade. Jesus se doa completamente na cruz e ela torna-se instrumento de vida. Não pode ter vida se não passa pela cruz. O amor, a doação de vida e partilha de dons se fazem presente quando somos de fato convertidos a Cristo. Deus é vida e defensor dela. Por isso não se concebe a cultura de morte que se faz presente em muitos lugares como pena de morte, a propagação do aborto e da eutanásia. Devemos promover vida para todos.(1) Amem

(1) Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha 01-04-2012
(2) www.zenit.og

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