Pedro X Judas: você sabe de que lado está? Tem certeza?
Feliz Páscoa, Povo Católicoooooo!
E aí, como foram de Semana Santa? Espero sinceramente que todos estejam mortos de cansaço. Claro! Depois de ir à Via-Sacra, à missa do Lava-pés, à Celebração da Paixão do Senhor e à longuíssima Vigília Pascal, além das várias procissões – sempre comendo bem menos do que o normal e fazendo penitência – é evidente que você está exausto!
Ah… não está? Foi recuperar as energias em um resort? Ficou sem tempo de ir às celebrações no meio do feriado?Hmmmm… é… não foi legal. Cristo morrendo pelos seus pecados e você aí aproveitando o tempo livre pra gerar mais alguns? É como virar as costas pra Ele e traí-Lo!
Bem. Se a sua Semana Santa foi exaustiva por conta de futebol, festas, Loolapalooza ou coisa ainda pior, não se desespere. Saiba que você não foi o único a virar as costas pra Cristo neste tempo e que você ainda tem esperanças!
Pense aí em alguém que traiu Jesus. Aposto que você mandou logo: Judas! Correto. Mas tem mais um: Pedro. Como assim, Bial? Ué? Pedro virou as costas e negou a Cristo três vezes na noite em que Ele foi preso! E a exemplo de Judas, também se desesperou ao perceber o que tinha feito.
Sabe qual foi a grande diferença entre os dois? A certeza de que tudo estava nas mãos do Senhor, mesmo que não fosse possível entender nada àquela altura. Ou você acha que estava tudo tranquilo na cabeça de Pedro e Judas?
Judas se matou ao se desesperar. Olha aí a aulinha de português: des-esperar, ou seja, não esperar mais, perder a esperança. Judas não esperava mais nada… não via mais saída, nem futuro algum. Não havia se dado conta de que o Filho de Deus jamais poderia ser derrotado daquela forma. Claro que isso não cabe na cabeça de nenhum humano. E é aí que está o pulo do gato: “larga teus bens e me segue”.
Largar as certezas, a mentalidade do nosso mundinho, porque, pra Deus, nada é impossível! Já é difícil praticar isso hoje, sabendo o final da história (que Cristo ressuscitou), imagine naquele tempo! O que Pedro soube fazer foi envergonhar-se da sua fraqueza, mas não desistir de seguir aquele Homem que era o sentido da sua vida, mesmo não entendendo como tudo se daria dali pra diante. Mesmo sabendo que seriam perseguidos e mortos. Mesmo depois de tê-lo traído… ele continuava ali. Não por uma amizade, mas porque apostava toda a sua vida no que Aquele Homem lhe tinha dito e mostrado.
Ele era Deus. Disso Pedro não tinha dúvidas. Não iria afundar novamente, como já havia acontecido quando, mesmo vendo Cristo sobre as águas, hesitou e teimou em não acreditar nos seus olhos.
Agora ele tinha certeza absoluta: estava diante de Deus e tudo acabaria em vitória! Sua fragilidade de humano o empurrou para a traição, mas seu coração o manteve onde deveria e, dias depois, diante do próprio Cristo vitorioso diria:“Senhor, tu sabes que eu te amo” e receberia a maior responsabilidade da história da humanidade: “Apascenta as minhas ovelhas”.
A história de Judas foi diferente. Seguiu, mas nunca largou realmente os seus “bens”, e o demônio soube se aproveitar disso. Diante da dor da traição, não lhe restava a esperança em um Deus, mas a desesperança de um homem.
Mas agora pense um pouco. Você também trai a Cristo todos os dias, das mais diversas formas (mesmo você que cumpriu todas as regrinhas da Semana Santa). Como você age? Quem é você nessa história? Judas ou Pedro?
Quem está de pé, cuide de não cair!
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