segunda-feira, 11 de março de 2013

Boletim Diário da CNBB - 25/02/2013


Boletim Diário da CNBB - 25/02/2013
REFLEXÃO
A justiça de Deus é muito diferente da justiça dos homens. A justiça dos homens parte de dois pressupostos: o primeiro diz que a cada um deve ser dado o que lhe pertence, e o segundo afirma que cada pessoa deve receber os méritos pelo bem que promovem e os castigos pelos males que causa. A justiça divina é aquela que distribui gratuitamente todos os bens e dá todas as condições para que o homem possa ser feliz e ter uma vida digna e é por isso que Deus criou todas as coisas e as deu gratuitamente para os homens que não viveram a gratuidade e se apossaram do mundo segundo seus interesses. A justiça divina é aquela que não nos trata segundo as nossas faltas, mas age com misericórdia e nos convida a fazer o mesmo.
COMEMORAÇÕES
Nascimento
  • Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba - MG
Ordenação Presbiteral
  • Dom Thadeu Gomes Canellas, Bispo Emérito de Osório - RS
  • Dom Pedro Carlos Cipolini, Bispo de Amparo - SP
Ordenação Episcopal
  • Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba - MG
  • Dom Joércio Gonçalves Pereira, CSSR, Bispo Prelado Emérito de Coari - AM
  • Dom Eugène Lambert Adrian Rixen, Bispo de Goiás - GO
  • Dom Thadeu Gomes Canellas, Bispo Emérito de Osório - RS
NOTÍCIAS
Após nove dias de sua visita como Santo Padre ao Brasil, o Papa Bento XVI, já na cidade do Vaticano, fez um balanço de sua viagem apostólica ao Brasil. Bento XVI veio ao Brasil para a abertura da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada na em Aparecida (SP), em 2007. Sua chegada aconteceu no dia 9 de maio e sua partida no dia 14. Durante os dias que esteve no Brasil, Bento XVI cumpriu uma extensa agenda de compromissos.
Em Audiência Geral, no dia 23 de maio de 2007, Bento XVI recordou sua viagem apostólica ao Brasil dizendo: “depois de dois anos de pontificado, finalmente tive a alegria de visitar a América Latina, que tanto amo, e onde vive, de fato, uma grande parte dos católicos do mundo”.
Bento XVI destacou que a “viagem, teve antes de tudo o valor de um ato de louvor a Deus pelas ‘maravilhas’ operadas nos povos da América Latina, pela fé que animou sua vida e sua cultura durante mais de quinhentos anos”.
Sobre o Brasil, o Santo Padre disse que “é um grande país que custodia valores cristãos profundamente arraigados, mas vive também enormes problemas sociais econômicos. Para oferecer uma solução, a Igreja deve mobilizar todas as forças espirituais e morais de uma comunidade, buscando convergências oportunas com as energias sãs do país”.
Ainda sobre o Brasil, Bento XVI afirmou que “é também uma nação que pode propor ao mundo um novo modelo de desenvolvimento: a cultura cristã pode inspirar uma ‘reconciliação’ entre os seres humanos e a criação, a partir da recuperação da dignidade pessoal na relação com Deus Pai”.
No balanço o sucessor de Pedro ressaltou a canonização do primeiro santo nativo do país: Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, dizendo que “seu testemunho é mais uma confirmação de que a santidade é a verdadeira revolução, que pode promover a autêntica reforma da Igreja e da sociedade”.
Sobre o encontro que teve com os bispos do Brasil, na catedral de São Paulo, Bento XVI falou de seu alerta para “prosseguir e reforçar o compromisso da nova evangelização, exortando-os a difundir, de forma capilar e metódica, a Palavra de Deus para que a religiosidade inata difundida entre a população se torne mais profunda e se transforme em fé madura e em adesão pessoal e comunitária ao Deus de Jesus Cristo”.
Em suas palavras, Bento XVI fala que “o cume da viagem foi a inauguração da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano”. Diante do tema “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos nele tenham vida. ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’”, o Santo Padre explicou que “a palavra ‘discípulos’ faz referência, portanto, à dimensão formativa e ao seguimento, à comunhão da experiência vivida, da verdade e do amor conhecidos e assimilados”. E reforça dizendo que “ser discípulos e missionários implica um vínculo íntimo com a Palavra de Deus, com a Eucaristia e com os demais sacramentos, viver a Igreja em escuta obediente de seus ensinamentos”.
Bento XVI destacou ainda seu encontro com os jovens ressaltando que eles são “a esperança do futuro e força vital para o presente da Igreja e da sociedade”. O Santo Padre finalizou o balanço encomendando os frutos da viagem “à materna intercessão da Virgem Maria, venerada com o título de Nossa Senhora de Guadalupe, como padroeira de toda a América Latina, e ao novo santo brasileiro, Frei Antônio de Sant’Ana Galvão”.
Os textos reunidos dos discursos, saudações e homilias realizadas pelo Papa Bento XVI, em sua visita de 2007 ao Brasil, podem ser adquiridos através da publicação “Pronunciamentos do Papa Bento XVI no Brasil”, das Edições CNBB. Mais informações: www.edicoescnbb.com.br

Foi publicada nesta segunda-feira, 25 de fevereiro, a Carta Apostólica de Bento XVI em forma de Motu Proprio "Normas nonnullas", sobre algumas modificações nas regras relativas à eleição do Romano Pontífice. No documento, Bento XVI faz algumas alterações nas normativas precedentes para "garantir o melhor desempenho de respeito, mesmo com ênfase diferente, da eleição do Sumo Pontífice, e de uma mais correta interpretação e aplicação de algumas disposições.
"Nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído tanto da eleição ativa quanto da passiva por nenhum motivo ou pretexto, exceto conforme previsto nos números 40 e 75 da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis", afirma Bento XVI. Foi estabelecido que a partir do momento em que a Sé Apostólica estiver legitimamente vacante, espera-se quinze dias para ter início o Conclave.
O Papa deixa ao Colégio Cardinalício a faculdade de antecipar o início do Conclave se consta da presença de todos os cardeais eleitores, como também a faculdade de prolongar, se existirem motivos graves, o início da eleição por alguns outros dias. Passados ao máximo vinte dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder à eleição.
Especificam-se as normas para o sigilo do Conclave: "Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios dentro de seu âmbito deverão ser regulados, no dito período, a fim de garantir a discrição e o desempenho livre de todas as operações ligadas à eleição do Sumo Pontífice. Em particular deverá ser previsto, com a ajuda de prelados clérigos, que ninguém se aproxime dos cardeais eleitores durante o percurso da Casa Santa Marta ao Palácio Apostólico Vaticano.
Todas as pessoas que por qualquer motivo e em qualquer tempo ficarem sabendo do que diretamente ou indiretamente concerne aos atos relativos à eleição, sobretudo em relação às cédulas na própria eleição, são obrigadas ao segredo absoluto com qualquer pessoa que não faça parte do Colégio dos Cardeais eleitores. Para esse objetivo, antes do início das eleições, eles deverão fazer juramento segundo modalidades precisas na consciência de que uma sua infiltração levará a excomunhão "latae sententiae", reservada à Sé Apostólica.
Foram abolidas as eleições por aclamação e por compromisso. A única forma reconhecida de eleição do Romano Pontífice é a de voto secreto.
"Se as votações das quais nos números 72, 73 e 74 da Constituição Apostólica Universi Dominici gregis não terão êxito, ficou estabelecido que se dedique um dia de oração, reflexão e diálogo. Nas votações sucessivas, "terão voz passiva somente os dois nomes que na votação precedente obtiveram o maior número de votos, nem poderá retirar-se da disposição que para a eleição válida, mesmo nestes votos, é exigida a maioria qualificada de pelo menos dois terços dos votos dos cardeais do presentes e votantes. Nessas votações, os dois nomes que têm voz passiva não têm voz ativa".
"Realizada canonicamente a eleição, o último dos Cardeais diáconos chama na sala da eleição o secretário do Colégio Cardinalício, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois Mestres de Cerimônias; então o Cardeal Decano, ou o primeiro dos cardeais por ordem e idade, em nome de todo o Colégio dos eleitores pede o consenso do eleito com as seguintes palavras: Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice? E apenas recebido o consenso ele pergunta: Como gostaria de ser chamado? Então o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como tabelião e as tendo como testemunhas dois Mestres de Cerimônias, redige um documento sobre a aceitação do novo Papa e o nome tomado por ele".

O atual secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri, que foi núncio apostólico no Brasil entre 2002 e 2012, terá uma atuação importante no Conclave que vai eleger, no próximo mês, o sucessor de Bento XVI. Como também ocupa o cargo de secretário do Colégio Cardinalício, o bispo assumirá a função de Secretário do Conclave.
De acordo com o número 46 da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, que determina como deve ser realizada a eleição do novo papa, é o Secretário do Colégio Cardinalício quem desempenha as funções de Secretário da assembleia eleitoral. O único brasileiro que ocupou esta função foi o Cardeal Lucas Moreira Neves (1979-1987). Porém, durante o seu mandato, não foi realizado nenhum Conclave.

Nos dias 22 a 24 de fevereiro, em Salvador (BA), realizou-se a Assembleia do Conselho Missionário Regional NE3 (COMIRE), que reuniu os Conselhos Missionários Diocesanos (COMIDIs) da Bahia e Sergipe. Tendo por tema “A missão permanente na Igreja Local”, e o lema “Chamados e enviados a todos os povos” (Lc 4, 18), o encontro teve a assessoria do Pe. Sidnei Marco Dornelas, da Comissão Episcopal para a Missão Continental da CNBB.
O objetivo principal foi retomar as atividades do Conselho Missionário no Regional, e contribuir para o fortalecimento e rearticulação de sua ação missionária. “Para tanto, refletiu-se sobre a caminhada missionária nas Dioceses participantes e percebeu-se como, apesar da vitalidade de iniciativas missionárias em número significativo na região, existem ainda grandes dificuldades para criar consciência sobre a importância de sua articulação em nível regional”, relata padre Sidnei.
A proposta da Missão Continental, e sua continuidade nos projetos de missão permanente e de animação missionária em todas as comunidades católicas do Brasil e América Latina, serviram de guia para um aprofundamento da reflexão sobre o lugar da missão na vida da Igreja Local. O evento também serviu para o repasse do conteúdo do 3º Congresso Missionário Nacional e esclarecimento sobre a função e identidade dos conselhos missionários.
Com o apoio e a presença de dom Paulo Romeu Dantas Bastos, bispo referencial para a ação missionária no Regional, e dom Gilson Andrade da Silva, Secretário da CNBB Regional NE3, os participantes oriundos das dioceses de Salvador, Aracaju, Jequié e Caetité firmaram o compromisso de organizar e consolidar a atuação dos COMIDIs, como também melhor se articularem como COMIRE. Uma das propostas a serem encaminhadas é a possibilidade de rearticular o Regional em sub-regionais, como uma forma do COMIRE se fazer mais presente nas Igrejas Locais.

O Regional Nordeste 1 da CNBB (Ceará) participou das comemorações dos 50 anos da Campanha da Fraternidade, dia 14 de fevereiro, em Nísia Floresta (RN).
Cerca de 60 pessoas fizeram parte da comitiva composta por padres, religiosas, leigos e o bispo da diocese de Iguatu e vice-presidente do Regional Nordeste 1, dom João José Costa.A comitiva participou da Celebração Eucarística, que deu início as atividades comemorativas e, também, da reinauguração da casa das Irmãs, pioneiras no trabalho da Campanha. Os representantes do Regional fizeram ainda uma visita à Comunidade de Timbó, lugar onde toda a experiência foi iniciada.
No Centro de Convenções de Natal a comitiva participou de um seminário em comunhão com mais de duas mil pessoas. Os expectadores obtiveram informações e participaram de momentos de reflexões.
O encerramento das comemorações aconteceu com uma Celebração Eucarística, que contou com a presença de vinte e quatro bispos e um público que lotou a Catedral de Natal. Estava presente entre o público as dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) com a presença dos seus arcebispos e bispos diocesanos. A homilia da celebração foi proferida pelo secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.

A presidência do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) e demais bispos presidentes das Comissões Episcopais estiveram  reunidos no 14 de fevereiro, na sede do Secretariado Regional, em Belo Horizonte (MG), para a primeira reunião anual da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) de avaliação e planejamento.
Dentre os assuntos de pauta, os (arce)bispos avaliaram a Assembleia Regional de Pastoral, realizada em novembro de 2012, refletiram sobres os temas para as próximas Assembleias Regionais, além de aprovarem o Plano de Repasses do Fundo Regional de Evangelização 2013.
Participaram da reunião o presidente do Regional e arcebispo metropolitano de Montes Claros(MG), dom José Alberto Moura; o vice-presidente e bispo diocesano de Colatina(ES), dom Décio Sossai Zandonade; e o secretário e bispo diocesano de Sete Lagoas(MG), dom Guilherme Porto. Presidindo as Comissões Episcopais de Pastoral participaram o bispo diocesano de Itabira-Cel.Fabriciano(MG), dom Odilon Moreira (Comissão Justiça e Paz); bispo diocesano de Guaxupé(MG), dom José Lanza Neto(Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Interclesial), bispo diocesano de Patos de Minas(MG), dom Cláudio Nóri Sturm(Comissão para o Laicato); bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte(MG), dom Luiz Gonzaga Fecchio (Comissão para o Ecumenismo); bispo diocesano de São Mateus(ES), dom Zanoni Demettino Castro (Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada); e o bispo diocesano de Uberlândia(MG), e dom Paulo Machado Francisco (Comissão para a Liturgia).
Fundo Regional de Evangelização 2013
O Fundo Regional de Evangelização é formado por uma  parcela da Coleta da Evangelização, destinada ao Regional Leste 2. Os recursos são aprovados e liberados na reunião da CEP mediante apresentação de projetos pastorais. O objetivo do Fundo Regional é destinar os recursos da evangelização para a execução de projetos que serão desenvolvidos aos longo do ano pelas pastorais, movimentos e organismos, além  de fomentar a ação evangelizadora nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Os voluntários da Diocese de Curitiba receberam os símbolos da JMJ da Diocese de Paranaguá, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Campina Grande. A Cruz e o Ícone chegaram a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e encaminhados em procissão pelas ruas de Curitiba até o Centro Cívico aonde mais de 8 mil jovens aguardavam para o início da missa.
No dia 24, as atividades iniciaram às 8h da manhã com uma carreata da catedral até a Praça N. Sra. De Sallete para um momento com a Eparquia Ucraniana. A tarde foram programadas as  missões do Ministério Jovem no Parque Barigui, visitas a cidade de Colombo e a vigília a partir das 18h na Capela N. Sra. Aparecida, em Colombo.

Milhares de pessoas tomaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, ao meio-dia desse domingo, para ver Bento XVI aparecer na janela do Palácio Apostólico e rezar o Angelus pela última vez antes de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro.
Como no período em que foram realizados os funerais de João Paulo II, em 2005, um forte esquema de segurança isolou a região do Vaticano para favorecer o acesso da multidão. O Papa apareceu, como sempre, entrou rapidamente e foi servido pelo recém-ordenado arcebispo Georg Gänswein e já passou à meditação, tratando nesse domingo sobre o episódio da Transfiguração (Lc 9,28-36). O Papa lembrou que essa passagem do evangelho lembra aos cristãos a necessidade da oração, especialmente nesse tempo da Quaresma.
Bento XVI considerou que a passagem se dirige a ele próprio. Deus o pede para se recolher à oração, mas isso “não significa abandonar à Igreja”. Significa, disse o Papa, que continuará a rezar e se dedicar à atividade que estará mais de acordo com sua idade e condições físicas. Depois dessa meditação, procedeu à oração do Angelus.
“Obrigado. Agradecemos a Deus pelo dia de sol!”, disse o Papa antes de iniciar as mensagens em várias línguas. Primeiro, francês e em seguida apresentou uma brevíssima mensagem em outros idiomas e terminou em italiano. Quando falou em português, o Papa agradeceu, particularmente, pela solidariedade com que as pessoas estão acompanhando esse momento da vida dele.
O Papa rezou o Angelus cerca de 380 vezes durante os últimos 8 anos. Neste domingo, bandeiras de várias países do mundo e cartazes com dizeres de apoio foram levados pelos peregrinos. Na última mensagem, uma promessa: “Em oração estamos sempre juntos, sempre próximos”.
O Papa volta a aparecer em público, pela última vez, na quarta-feira, 27 de fevereiro, na Praça de São Pedro, na Audiência Geral.
Leia a íntegra do Angelus com traduçao da Agência Zenit:
Queridos irmãos e irmãs! No segundo domingo da Quaresma, a liturgia sempre nos apresenta o Evangelho da Transfiguração do Senhor. O evangelista Lucas coloca especial atenção no fato de que Jesus foi transfigurado enquanto orava: a sua é uma profunda experiência de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive em um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João , os três discípulos sempre presentes nos momentos da manifestação divina do Mestre (Lc 5,10; 8,51; 9,28). O Senhor, que pouco antes havia predito a sua morte e ressurreição (9,22), oferece a seus discípulos uma antecipação da sua glória. E também na Transfiguração, como no batismo, ouvimos a voz do Pai Celestial: "Este é o meu filho, o eleito; ouvi-o" (9, 35). A presença de Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas da Antiga Aliança, é muito significativa: toda a história da Aliança está focada Nele, o Cristo, que faz um novo "êxodo" (9,31) , não para a terra prometida, como no tempo de Moisés, mas para o céu. A intervenção de Pedro: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui" (9,33) representa a tentativa impossível de parar esta experiência mística. Santo Agostinho diz: "[Pedro] ... no monte... tinha Cristo como alimento da alma. Por que deveria descer para voltar aos trabalhos e dores, enquanto lá encima estava cheio de sentimentos de santo amor por Deus e que inspiravam-lhe uma santa conduta? "(Sermão 78,3). Meditando sobre esta passagem do Evangelho, podemos tirar um ensinamento muito importante. Primeiro, o primado da oração, sem a qual todo o trabalho do apostolado e da caridade é reduzido ao ativismo. Na Quaresma aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como Pedro quis fazer no Tabor, mas a oração traz de volta para o caminho, para a ação. "A existência cristã - escrevi na Mensagem para esta Quaresma – consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que provém dele, a fim de servir os nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus "(n. 3). Queridos irmãos e irmãs, sinto essa Palavra de Deus especialmente dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama para “subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, pelo contrário, se Deus me pede isso é para que eu a possa continuar servindo com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual fiz até hoje, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: que ela sempre nos ajude a seguir o Senhor Jesus, na oração e nas obras de caridade. [Depois da oração do Angelus o Santo Padre dirigiu estas palavras aos peregrinos de língua portuguesa:] Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos.

“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice, neste domingo, 24 de fevereiro.
O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.
A Praça S. Pedro estava lotada este domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas demonstraram o carinho dos fiéis. A Praça desde as primeiras horas da manhã aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.
Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.
Comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.
Meditando sobre esta passagem do Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições.
A existência cristã – disse o Papa, citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.”Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, realizou mais uma coletiva na manhã deste sábado. Ele falou inicialmente do encontro, de cerca de meia-hora, de Bento XVI com o Presidente italiano, Giorgio Napolitano – “um encontro comovente e intenso”.
Em especial, o sacerdote jesuíta ressaltou o Comunicado da Secretaria de Estado sobre a qualidade da informação. “Trata-se de tomar uma posição, dar um sinal diante daquilo que está acontecendo e como a mídia está se expressando acerca dos problemas da Igreja e da Cúria Romana. É um convite a ter cuidado.”
Para o Pe. Lombardi, estamos num período delicado e circulam muitas informações diferentes, algumas extremamente negativas, “que não correspondem à realidade”. “Muitas vezes é feita uma descrição da Igreja da Cúria Romana negativa, e isso cria um sentido de confusão e de desorientação que não permite aquele clima sereno com o qual a Igreja deve se aproximar para o momento do Conclave.”
Alguns meios de comunicação, afirmou o sacerdote, divulgaram notícias inverídicas e podem exercitar pressões, colocando em condição de intranquilidade o serviço que o Colégio dos cardeais pretende e deve fazer.

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