segunda-feira, 25 de março de 2013

Novo Testamento: texto íntegro, sem caô!


Novo Testamento: texto íntegro, sem caô!

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No último post, mostramos as evidências da confiabilidade dos textos do Antigo Testamento. A comparação com os pergaminhos do Mar Morto provou que o trabalho de cópia e re-cópia, ao longo de mil anos, não corrompeu o sentido das Escrituras.
Se tamanha correção e fidelidade se deu com os textos do A.T., porque o mesmo não poderia se dar com os textos do N.T.? É o que veremos agora.
As milhares de variantes entre os manuscritos
Distribuídas entre museus e monastérios na Europa e na América do Norte, existem mais de 5 mil cópias antigas manuscritas do Novo Testamento (em grego). Detalhe: nenhuma delas é idêntica à outra. Sempre muda uma palavrinha aqui, outra ali.
Por cerca de 1500 anos, a Bíblia foi reproduzida manualmente, em especial por meio do trabalho de monges copistas. Muitos anos eram necessários para se produzir uma só Bíblia e, de um exemplar para outro, quase sempre havia alterações (variantes) – intencionais ou não – realizadas pelo copista.
Alguns estudiosos do N.T. afirmam que, comparando estas cópias manuscritas antigas, pode-se encontrar entre 200 e 400 mil variantes (uooooou!). O número impressiona, mas a sua interpretação pode ser enganosa. O fato é que quase todas as variantes entre uma cópia do N.T. e outra são IRRELEVANTES. Em sua grande maioria, são ligeiras falhas de ortografia ou palavras dispostas em ordem diferente na frase.
Tais variantes não afetam em nada a doutrina cristã. Isso os detratores da Bíblia não dizem, é claro! Imaginem o número enorme de variantes que poderia gerar a simples troca de “Jesus Cristo” por “Cristo Jesus”, ou por “Senhor” no Novo Testamento… Acaso isso produz qualquer impacto no sentido do texto?
O parecer dos estudiosos
Aqui, a gente mata a cobra e mostra a espada Jedi. Quando dizemos que as variantes encontradas nas cópias antigas da Bíblia não têm qualquer impacto na doutrina, nos baseamos no parecer de especialistas em crítica textual mundialmente reconhecidos. Explicação rápida: “crítica textual” é o estudo e comparação entre os antigos manuscritos, com a finalidade de resgatar a versão original do texto.
Daniel B. Wallace, estudioso do Novo Testamento, observa que, embora existam cerca de 300 mil variações de texto entre as cópias do N.T., a grande maioria das diferenças são completamente sem importância – erros de ortografia, frases invertidas e similares. (1) A opinião desse sujeito tem peso: ele é diretor executivo do Centro para o Estudo de manuscritos do Novo Testamento, que está digitalizando todos os manuscritos conhecidos da Bíblia, com a finalidade de garantir a preservação de seu conteúdo.
Vejamos agora o que diz Frederic Kenyon, ex-diretor do Museu Britânico, ex-presidente da Academia Britânica e da Escola Britânica de Arqueologia (Jerusalém). Tendo pesquisado por muitos anos papiros antigos, ele garante que “…em nenhum outro caso o intervalo de tempo entre a composição do livro e a data dos manuscritos mais antigos são tão próximos como no caso do Novo Testamento”. (2) Ainda segundo ele, “Não resta agora mais nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais”. (3)
Bruce Metzger é um dos estudiosos mais influentes do Novo Testamento. Foi a ele que Bart Ehrman dedicou o seu best-seller “O que Jesus disse? O que Jesus não disse?” (falaremos deste livro polêmico amanhã), chamando-o de “meu mentor e Pai-Doutor”. Em uma entrevista, perguntaram a Metzger quantas doutrinas da igreja estão em risco por causa das variações entre os manuscritos do N.T. Eis a resposta:
“Não sei de nenhuma doutrina que esteja em risco. (…) As variações mais significativas não solapam nenhuma doutrina da igreja. Qualquer Bíblia que se preza vem com notas que indicam as variações de texto mais importantes. Mas, como eu já disse, esses casos são raros.”
Bruce Metzger (4)
Outra grande autoridade em Bíblia é F. F. Bruce, teólogo formado pelas universidades de Aberdeen, Cambridge e Viena. Foi professor de grego nas Universidades de Edimburgo e de Leeds; depois, assumiu o departamento de história e literatura bíblica na Universidade de Sheffield. Aposentou-se em 1978 como professor de crítica e exegese bíblica da Universidade de Manchester. Ele, que é autor do clássico “Merece confiança o Novo Testamento?”, afirma que “no mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”. (5)
É importante notar que os pesquisadores da Bíblia têm à sua disposição fontes muito privilegiadas da pesquisa. Afinal, eles podem comparar os textos atuais com papiros dos Evangelhos com datas muito próximas à dos manuscritos originais. Muitos desses papiros são, provavelmente, cópias diretas dos originais, ou estão distantes, no máximo, duas gerações dos originais.
Além disso, as milhares de cópias do N.T., em diversas línguas, tornam muito fácil identificar qualquer alteração relevante feita por algum copista descuidado ou mal-intencionado.
Porém, não precisa ser nenhum especialista para notar a autenticidade do texto do Novo Testamento. Há muitas evidências que podem ser verificadas pessoalmente por qualquer cristão, por meio de um simples estudo bíblico. AMANHÃ, vamos desmoralizar ainda mais esse caô de que os católicos teriam alterado o texto Bíblia para que ela melhor servisse aos seus propósitos.
Até lá!
(1) WALLACE, Daniel. The Majority Text and the Original Text:  Are They Identical?. Bibliotheca Sacra, April-June, 1991, 157-8.
(2) KENYON, Frederic. Handbook to the textual criticism of the New Testament. New York, Macmillan, 1912, p. 5,ap.
(3) KENYON, Frederic. The Bible And Archaeology. New York, Harper, 1940, p. 288.
(4) STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo: um jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo. São Paulo: Editora Vida, 2001
(5) F. F. BRUCE. The books and the parchments. Old Tappan, Revell, 1963, p. 178, ap.

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