quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Errar é humano. Mas repetir é burrice



Errar é humano. Mas repetir é burrice

CARLOS BRICKMANN


Bem recente: dois presidiários, que tinham recebido o indulto temporário de Natal, foram presos no dia 26, com 50 pedras de crack. E por que eles estavam condenados? Acertou: por tráfico de drogas. Dá para fazer um belo apanhado de bandidos sem família que saíram para o Dia das Mães ou Dia dos Pais, de gente perigosa que sai no Natal e no Ano Novo - mas basta citar os números: só em São Paulo, 23 mil condenados receberam o benefício de ficar livres nas festas de fim de ano.

Mas, se podem ficar fora da cadeia nas festas de fim de ano, sem problemas, por que ficam presos o resto do ano? Ou oferecem perigo ou não oferecem. Se oferecem, não podem sair. Se não oferecem, por que estão presos?

Prender uma pessoa é caro, perigoso e pode provocar tragédias: policiais mortos ou feridos, pessoas inocentes atingidas, desastres de veículos. O custo de prender, apurar e julgar (mobiliza-se juiz, promotor, investigadores, policiais para a segurança) é alto. Aí se solta um criminoso condenado porque é Natal, porque é Ano Novo, porque é Dia do Calendário Maia. Não tem sentido. Todos os anos o problema se repete, com assaltos, tráfico, mortes. Para quê? Para nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário