domingo, 3 de fevereiro de 2013

A VINGANÇA DO CONGRESSO Por Carlos Chagas


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A VINGANÇA DO CONGRESSO

Por Carlos Chagas


                                                                  Há uma leitura especial para a   maioria do Senado ter votado  em Renan Calheiros, sexta-feira, bem como para a mais do que certa eleição de Henrique Eduardo Alves  a presidente  da Câmara, amanhã. Deputados e senadores estão se vingando. Dão  o troco, reagem à  imprensa, no caso a opinião publicada, assim como reagem à opinião pública.  Há décadas que o Legislativo ocupa o último lugar em  qualquer pesquisa destinada a avaliar o respeito da sociedade às suas instituições. A revanche, assim, veio na escolha dos candidatos que, justa ou injustamente, são os que mais exprimem os conceitos negativos da população diante  do Congresso.
                                                                  O raciocínio leva à conclusão de estar a guerra apenas começando. A cada denúncia contra os dois novos presidentes, mais eles serão prestigiados  pelos plenários. Fora as exceções de sempre. Serão dois anos de batalhas permanentes, com o país de um lado e o Congresso de outro.
                                                                  Não parece difícil concluir estar a ética em oposição à vingança.    Pior para as instituições e o desenvolvimento da democracia, registrando-se o descompasso entre as imagens do Executivo e do Judiciário, de um lado,  e o Legislativo, de outro.

É CAMPANHA MESMO

                                                                  Caracterizou o quê, a  viagem da presidente Dilma ao Pará, sexta-feira, para  entregar pouco mais de mil habitações populares?  Claro que mais um lance da prematura campanha presidencial. Assim continuarão as atividades da chefe do governo, numa singular equação onde só uma candidata se apresenta. Parece o samba de uma nota só. Nas oposições, prevalece o marasmo. Nem Aécio Neves dispõe-se a ganhar as ruas, nem Geraldo Alckmin libera o grupo paulista dos tucanos para se definirem. Eduardo Campos trabalha em silêncio, e Marina Silva dá a impressão de ser uma candidata à procura de um  partido.






NÃO ADIANTA ESTRILAR

                                                                  O ex-ministro José Dirceu insiste em bater firme no Supremo Tribunal Federal. Depois de pronunciar-se na ABI, no Rio, um dia depois estava em Belo Horizonte para insurgir-se contra o processo do mensalão, que o condenou a dez anos de prisão. Falou em vingança e em julgamento de exceção. Continuando como vai, estará apenas apressando a publicação do acórdão e o julgamento dos embargos dos advogados dos réus. Como vem declarando que mesmo da cadeia permanecerá estrilando, vale aguardar.

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