sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Para João da Costa, habitação foi seu maior legado

Para João da Costa, habitação foi seu maior legado

















Thiago Lins

Da equipe do blog
O prefeito do Recife, João da Costa (PT) convocou a imprensa para coletiva, há pouco, onde apresentou o balanço de sua gestão. O prefeito começou a entrevista, seguinte à última reunião de seu secretariado, com uma hora de atraso. De saída da Prefeitura - transfere o cargo a Geraldo Julio (PSB) no próximo dia 1°, João da Costa iniciou seu discurso sublinhando as adversidades pelas quais passou, do campo político ao pessoal, passando pelo econômico.

Até detalhar o "balanço positivo" de sua gestão, João da Costa mencionou as dificuldades econômicas enfretadas pelas Prefeituras (apesar da queda no Fundo de Participação dos Municípios, o prefeito foi enfático ao citar a crise internacional e suas consequências para o País) e seu problema de saúde (passou por um transplante recentemente), entre outras adversidades.
"Em 2009 o Brasil não teve crescimento econômico. Em 2012, vai fechar com crescimento de 1% e isso teve repercussão direta nas Prefeituras", sublinhou João da Costa, que não falou diretamente sobre o racha no PT, que rifou sua candiatura à reeleição. O quadro desfavorável dissecado pelo petista serviu como uma espécie de contraponto ao crescimento da capital: para João da Costa, ainda que o cenário externo seja comprometedor, o Recife acompanhou o crescimento do Estado. Segundo o petista, "o maior legado" de sua gestão foi a política habitacional.
O prefeito não deu pista de seu futuro político, que deve ser decidido "pela população". Adiantou, apenas, que deve seguir na política pelo mesmo partido. Seguem os principais trechos:
Dívidas
"Mesmo diante de dificuldades, vamos fechar sem endividamento de curto prazo. Temos dívidas de longo prazo, que correspondem a 18% da receita corrente líquida da Prefeitura. (...) Dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, pagando salários em dia".
Obras de prevenção
"Assinamos um contrato com a Caixa Econômica Federal para liberação de R$ 150 milhões, sem contrapartida para a Prefeitura. (...) Vai ser a maior quantidade de recursos que a Prefeitura teve em mãos para obras nos morros"
Geraldão
O prefeito informou que já foi depositada na Caixa a quantia de R$ 28 milhões para reformar o ginásio, que deve se transformar numa arena multiuso até 2014
Mobilidade
"O problema se agravou em função da redução do IPI e do aumento do emprego e da renda. (...) Viabilizamos a duplicação do viaduto Capitão Temudo, fizemos a paralela da Imbiribeira, fizemos a principal obra de infraestrutura no Recife, que é a Via Mangue. (...) Captamos recursos, fizemos obras e realizamos políticas".
Controle urbano
"Depois de quatro anos ninguém lembra mais. Quando assumi, diziam que a avenida Boa Viagem era um fumacê só". (Sobre a retirada das carrocinhas). "Fizemos um processo de ordenamento, implantamos uma nova lei de publicidade". (Que diminuiu a poluição visual).
Política habitacional
"Foi nosso maior legado. Conseguimos entregar mais de três mil habitações. (...) E deixar mais sete mil em projeto. Afora as obras de saneamento e a maior segurança nos morros".
Economia
"Todos os indicadores desmentem a afirmação de que o Recife não cresceu no mesmo ritmo do Estado. Ontem saiu o crescimento do PIB das Regiões Metropolitanas do Brasil, e a do Recife foi a que teve o maior crescimento do PIB em comparação a outras. (...) Mantivemos a mesma posição de quatro anos atrás (de acordo com o IBGE). Isso não quer dizer que o Recife não cresceu. (...) A gente cresceu para manter a mesma posição relativa".
Empregos
"Em 2012, o Recife foi a capital do Nordeste que mais gerou emprego. Duplicamos o número de áreas ocupadas pelo comércio nos últimos quatro anos. (...) Construiu-se um novo shopping, ampliou-se (sic) todos os shoppings da cidade, a Conde da Boa Vista voltou a ser um centro comercial importante. O Recife chegou à menor taxa de desemprego da sua história".

Escrito por Magno Martins, às 19h07
 

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