domingo, 2 de dezembro de 2012

Confira operação de guerra da PF para chegar a Rose.....do blog de magno martins

Confira operação de guerra da PF para chegar a Rose
 Os menos de dez minutos entre a chegada ao prédio na av. Paulista e a subida ao 17º andar foram suficientes para dar início ao plano de ação. A partir dos dados levantados foram definidos qual dos quatro elevadores que servem do 3º ao 19º andar seria usado, como lidar com a segurança local e quais salas seriam vasculhadas em busca de computadores e papéis.
Três semanas antes da deflagração da Operação Porto Seguro, policiais federais estiveram na sede da Presidência em São Paulo. No último dia 23, esse foi um dos pontos de busca e apreensão feitas pela PF, cujo alvo foi Rosemary Noronha, então chefe de gabinete da Presidência.
No começo de novembro, no entanto, o motivo oficial da visita dos policiais à sede da Presidência em São Paulo era outro: uma reunião para discutir a onda de violência no Estado. Quem recebeu os delegados foi justamente Rose, como ela se apresentou.
A agenda com os temas de segurança pública transcorreu normalmente. Mas os policiais usaram o encontro para levantar dados e programar a busca e apreensão.
ESTRATÉGIA DE AÇÃO 
A operação ainda era sigilosa mesmo dentro da PF. Ela era tocada pelo Núcleo de Inteligência, que tem interlocução direta com a Diretoria de Inteligência em Brasília.
Poucas pessoas dentro da PF sabiam do caso. O momento da deflagração teria de ser negociado com o Ministério Público Federal e aprovado pela Justiça, levando em conta a possibilidade de fugas ou o vazamento de informações.
A ação de busca que se aproximava gerou uma certa tensão entre os investigadores, por conta do aparato de segurança na sede da Presidência em São Paulo.
CONFRONTO ENTRE AGENTES 
Os policiais queriam conhecer o local para evitar um confronto com agentes do Gabinete de Segurança Institucional ou com seguranças do prédio do Banco do Brasil.
Também queriam impedir escândalos ou discussões burocráticas na entrada no prédio, já que portariam um mandado judicial. Rose foi indiciada pela PF acusada de corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica.
Rose foi gravada como interlocutora de um dos investigados. Na Overbox, ela não foi alvo da PF e nem indiciada. Numa das escutas, a PF anotou que o telefone usado por Rose era do gabinete da Presidência na av. Paulista. (FOLHA DE S.PAULO - FERNANDO MELLO)
Escrito por Magno Martins, às 06h00

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