sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PALAVRAS DO ARCEBISPO NA ARBERTURA DA ASSEMBLEIA DE PASTORAL DA ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE



Palavra de abertura da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral

A minha primeira palavra é de boas vindas; quero dizer da nossa alegria em acolher a cada um de vocês que aqui se encontram; sentimo-nos felizes com a presença dos numerosos sacerdotes, diáconos e seminaristas, também os leigos/as representando as paróquias, pastorais, movimentos e associações. Agradecemos, especialmente, a presença do 
arcebispo emérito de Maceió, Dom Edvaldo Amaral, também Doriel Barros, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Pernambuco (Fetape), que logo mais fará uso da palavra.

Esta miniassembleia é ocasião oportuna para rendermos graças a Deus pelas nossas conquistas e também agradecer as dificuldades que enfrentamos ao longo destes três anos. Desde 2009, quando assumimos o pastoreio desta querida Igreja Particular. Agradecer também, a todos/as que colaboraram para a implementação da nova estrutura de organização pastoral, através de comissões e vicariatos, que tanto têm nos ajudados a avançar, sobretudo, pela descentralização e crescimento da consciência missionária, através da pastoral de conjunto.

O objetivo desta assembleia já foi apresentado na carta que enviamos a cada um de vocês. Resumidamente, o objetivo é contribuir, de forma participativa, para a elaboração do AGIR do Plano Pastoral, visando a efetivação da meta e das prioridades da Assembleia Pastoral de 2010, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que foi aprovada para os anos 2011-2015.

Naquela Assembleia de 2010, além de decidir essa nova estrutura organizacional para nossa Arquidiocese, nós decidimos também colocar nossa Igreja de Olinda e Recife em estado permanente de missão. Por sinal, nossa alegria foi maior com a aprovação das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil quando colocou “Igreja em Estado Permanente de Missão” como a primeira das urgências.

Nesta Assembleia estamos dando mais um passo significativo para a aprovação, em 2013, do nosso Plano Arquidiocesano de Pastoral. Toda Arquidiocese deve ter seu plano pastoral organizado; seria muito fácil copiarmos algum plano de pastoral que temos por aí, disponível na internet, de outras dioceses do Brasil e do mundo; isso, porém, não seria, de forma nenhuma, ideal, pois o mais importante é fazer aquilo que estamos fazendo: não termos pressa, é preciso tempo para trabalhar as bases, a fim de que o plano de pastoral corresponda, de fato, à nossa realidade, aos nossos anseios, àqueles que nos preocupam como Igreja. É claro que as Diretrizes Gerais servem de base para a iniciação de qualquer plano pastoral. Nós vamos nos deixar iluminar, em primeiro lugar, pela Palavra de Deus, que é a grande guia para todo cristão, sobretudo, depois da exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, que veio ainda mais reforçar este apelo para que o Evangelho e a Palavra de Deus ocupem um espaço cada vez mais importante em cada um de nós e na Igreja. Também tomamos como base o “Ano da Fé”, que quer motivar a Igreja a celebrar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica; além disso, somos iluminados pelos 16 documentos do Vaticano II, sempre nos orientando, inspirando, atualizando, pois, muito daquilo que está contido nestes documentos, ainda precisa ser melhor aproveitado e explorado. Essa riqueza está presente nos nossos ideais.

Servem para nós, ainda, assembleias do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), principalmente a de Aparecida, que, por sinal, gerou um documento essencial, no Sínodo, realizado em Roma sobre a nova evangelização. Alguns dos nossos bispos, que participaram deste evento, relataram o quanto repercutiu para os padres sinodais o Documento de Aparecida. Por isso, todos nós estamos curiosos para saber como vai ser publicado o documento sinodal com tais influencias de Aparecida.

Na construção do Plano Pastoral, outros elementos muito práticos têm nos ajudado bastante, como as experiências das Visitas Pastorais, que tiveram início no ano passado. Elas nos mostram a realidade concreta de nossas comunidades, nos mais diversos contextos de nossa Arquidiocese. Estas visitas são o encontro do bispo e sua equipe, com os líderes dos conselhos paroquiais de vários vicariatos. Isto foi de uma riqueza sem igual para influenciar neste futuro plano pastoral da arquidiocese, que vai ser apresentado aqui como piloto e será publicado, no próximo ano. Até lá, vamos aprofundar mais os temas. Por tudo isso, quero agradecer, desde já, a colaboração do Prof. Sérgio e do Prof. Degislando, que junto com a Coordenação de Pastoral e outros, também colaboraram para que possamos, nesta assembleia, apresentar algo de concreto.

Antes de concluir esta palavra e declarar aberta a miniassembleia, gostaria comentar sobre o que aconteceu ontem, na Cúria Arquidiocesana, ou seja: parceria firmada entre Arquidiocese e Fetape, cujo presidente – Doriel Barros encontra-se aqui. Como todos sabem, estamos vivendo momento muito especial no sertão nordestino: a seca. As previsões não são animadoras; prevê-se uma seca de três anos no Nordeste do Brasil. Neste final de ano, já deveria estar chovendo por lá, mas não está. Diante da situação de urgência, ontem, mesmo sem consultá-los, porém, contando com a sensibilidade e solidariedade de todos, párocos e administradores paroquiais, fizemos parceria para campanha de coleta de água mineral, cabendo à Fetape a responsabilidade do transporte para o destino. As secretarias paroquiais estarão abertas para receber as doações. Posteriormente, haverá a campanha de alimentos, com sede única de entrega no Morro da Conceição, por ocasião da festa. Além disso, vamos entrar em contato com a Cáritas Regional, através do padre Jandeilson (presidente), para recolhimento de donativos em dinheiro a ser depositado em conta específica a ser divulgada, aos cuidados de Cáritas Regional NE2, para financiar projetos de cisternas de placas e outras iniciativas que possam beneficiar as famílias carentes. No próximo ano, pretendemos convidar os bispos das regiões afetadas pelas secas para encontro com a Fetape, a fim de dialogar e e elaborar propostas a serem apresentadas aos respectivos Governos dos Estados, a título de colaboração.

Para terminar, queria falar um pouco sobre a Campanha da Evangelização deste ano de 2012. Como todos sabem, a campanha tem por meta ajudar para que nós possamos fazer um trabalho missionário eficaz, com nossos próprios recursos, sem auxílios de fora. Isso é o que a CNBB deseja. Este ano a campanha está cheia de novidades. Foi contratado um publicitário cristão e amigo, que, gratuitamente, fez todo um projeto para esta campanha de evangelização. Cada paróquia receberá dois cartazes, desejando mais deverá fazer contato com Edições CNBB e faça o seu pedido pela Internet. Também, está a venda: cartazes, cartões, selos, adesivos para carro e para a roupa. O projeto está muito interessante, com material adaptado para rádio, TV, web. O tema será EvangeliJÁ. Tudo está no site da CNBB e, no tempo do Advento, será usado. Portanto, façamos uma campanha que consolide e fortifique nosso trabalho de evangelização.

Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife

Por fim, é, com muita alegria, que declaro aberta esta assembleia! Contamos com a perseverança de todos/as e desejo a todos fraterna convivência e bom trabalho, sob a proteção da Santíssima Trindade.

Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife

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