sexta-feira, 11 de maio de 2012

pescadores organizam limpeza do rio capibaribe


pescadores organizam  limpeza do rio capibaribe

Movimento Recapibaribe foi fundado para ajuda na recuperação do rio.
Com 240 quilômetros de extensão, rio passa por mais de 40 cidades.

Existem várias possibilidades e ideias para reciclar, reaproveitar e dar um destino correto para o lixo produzindo pela população. Em Pernambuco, os pescadores fazem um mutirão de limpeza nas águas do rio Capibaribe, no Recife.
Os pescadores da comunidade, que fica às margens do rio Capibaribe, se reúnem para pescar lixo. Maria do Socorro Cantanhede, que fundou o Recapibaribe, um movimento fundado para ajudar na recuperação do rio Capibaribe, organiza o mutirão para limpar as águas e as margens do rio. “Quem coletar a maior quantidade de lixo ganha uma cesta básica e R$ 150 doados pelo movimento”, avisa.
O rio Capibaribe, com 240 quilômetros de extensão, é um patrimônio natural do estado de Pernambuco e passa por mais de 40 cidades, mas é em Recife que recebe a maior quantidade de lixo, além da descarga de esgoto doméstico e industrial.
A meta dos pescadores era recolher pelo menos uma tonelada de sucata, material como colchão, televisão, pneus e sofá. O lixo que se acumula nas margens e se enrosca nos galhos das árvores também provoca o desaparecimento dos peixes. No fim da pescaria, durou três horas, os pescadores conseguiram recolher quase duas toneladas de lixo em apenas sete quilômetros de rio.
Todas as cidades brasileiras têm dificuldades para dar um destino correto aos resíduos. Segundo dados do IBGE, o país produz quase 230 mil toneladas de lixo por dia, mas só consegue reciclar 2% desse total. Apenas 18% dos municípios têm um serviço de coleta seletiva. Há dois anos, o governo federal aprovou o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Victor Bicca Neto, presidente do CEMPRE, Compromisso Empresarial para a Reciclagem, destaca três pontos da nova lei.
“Essa legislação determinou que o resíduo que está na casa do consumidor normalmente e terá uma destinação adequada. Daí cada um tem um papel: começa com o consumidor separando o lixo seco do orgânico em casa, ou seja, papel, plástico, vidro, metal, dos alimentos, que é o chamado lixo orgânico; daí passa depois por todo mundo dessa cadeia, ou seja, pelo varejo, pelo produtor e também o próprio governo que, do ponto de vista legal, tem a obrigação de fazer a gestão oficial do resíduo na cidade. Foi definido que até 2014 oBrasil vai ter que fechar todos os lixões. Hoje, nós temos mais de quatro mil lixões no Brasil. Foi definido também que até 2014 todos os municípios brasileiros terão que implantar coleta seletiva”, diz Bicca Neto.
A nova política para os resíduos sólidos deve impulsionar o mercado de reciclagem no país. Hoje, o setor emprega 500 mil pessoas e é um dos principais motores da chamada economia verde, que une inclusão social à redução dos riscos ao meio ambiente.
A cooperativa Futura, de São José dos Campos, no interior de São Paulo, foi a primeira a receber uma certificação internacional de responsabilidade social. O lugar fez uma série de ajustes na área de segurança, saúde, estrutura e condições de trabalho. Agora, as mãos que separam o material reciclável ficam protegidas por luvas e os caminhões tomaram o lugar dos catadores empurrando carrinhos. As mudanças foram implantadas à pedido de seu principal cliente, uma grande indústria que utiliza material reciclado para fabricar embalagens. A cooperativa contou com a ajuda de um consultor para obter o Certificado Internacional de Responsabilidade Social.
As latinhas de alumínio são as mais disputadas porque rendem mais dinheiro aos catadores, que recebem uma média de R$ 2,40 pelo quilo do metal. O custo do quilo do papelão não chega a R$ 0,20. O Brasil é o campeão mundial de reciclagem de latas de alumínio, com um índice de reaproveitamento de 97%.

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