quinta-feira, 25 de abril de 2013

Chega de viver como avestruz! Seja um católico sem vergonha.


Chega de viver como avestruz! Seja um católico sem vergonha.

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“Eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: que nada e ninguém lhes tire a paz; não tenham vergonha do Senhor”, exortou o Papa Bento XVI, falando aos participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri.vergonha_avestruz_areia
Segundo a agência de notícias Zenit, “o Pontífice falou especialmente das dificuldades que muitos jovens cristãos enfrentam para viver e manifestar suas crenças”, e apontou “a necessidade, na Igreja, de reforçar esta mesma fé, em uma época em que estas manifestações acabam sendo difíceis”. Bento XVI afirmou ainda que “muitos jovens, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada”.
Se você crê e busca viver conforme os valores da Igreja, deve entender na pele esse discurso do Papa . As universidades, as escolas e os ambientes de trabalho são os novos coliseus onde a identidade cristã é massacrada. Bem que o Mestre avisou:
O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. (Jo 15:20)
Nas universidades, em especial, católicos são muito bem-vindos… contanto que não manifestem abertamente a sua fé e mantenham-se calados quando algum professor ou aluno debocha, ataca os seus valores ou calunia a sua Igreja – e 99% deles fazem isso, seja qual for o curso ou disciplina. Infelizmente, a grande maioria dos estudantes católicos aceita usar a mordaça intelectual que o ambiente escolar e universitário lhe impõe. E a grande desgraça disso é que, quando um cristão se cala, é o santo nome de Cristo que ele encarcera no seu silêncio omisso.
contestar_professorNa época em que fui universitária, muitas vezes me senti uma solidão acachapante… Mas valeu muito a pena lutar! Deus seja louvado por todas as vezes que levantei o dedo para questionar as abobrinhas anticatólicas disfarçadas de intelectualidade aguda. Deus seja louvado pelas discussões que não cessavam ao fim da aula e ganhavam os corredores. Deus seja louvado pelos eventos religiosos – mostras culturais, palestras, encontros de formação cristã etc. – que realizamos dentro daquele ambiente hostil. Deus seja louvado por ter me dado a coragem que eu não tinha.
Nos ambientes de trabalho, o rolo compressor do secularismo é igualmente danoso. As blasfêmias e piadinhas grotescas com temas religiosos estão longe de ser eventos raros. Certa vez, uma menina que trabalhava ao meu lado – e hoje é uma grande amiga – fez uma piada sórdida que envolvia Nossa Senhora. Fiquei tão chocada que chorei, e disse: “Você está falando da minha Mãe”. Na hora, ela percebeu que havia vilipendiado não a ideia abstrata de um personagem religioso distante, mas sim Alguém intensamente querido por mim, Alguém concreto. Pediu desculpas e, apesar de seu ateísmo, jamais voltou a me ofender novamente.
A situação tá braba pro nosso lado, ok. Mas nada justifica a apatia epidêmica que acomete os católicos fora dos muros das igrejas. Vale lembrar as palavras de Cristo:
Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos. (Lc 9:26)
Na JMJ, o Papa convidou os jovens a assumir “a maravilhosa aventura de anunciá-la [a nossa fé] e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias”.
Questione, converse, proponha, convide, chore, viva! O essencial é que você não passe por este mundo como uma mosca morta. Aonde quer que estejamos, que  o nosso pobre rosto possa refletir a beleza do Rosto de Cristo, e que a nossa débil voz possa anunciar a força da Sua doce Presença no mundo.

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