Fogo Cruzado
Eleitores do DF dão preferência a políticos corruptos
Publicado em: 04-02-2012 | Por: Inaldo Sampaio | Em: Fogo Cruzado, O Brasil
0
Coluna Fogo Cruzado – Folha de Pernambuco – 4 de fevereiro
Sendo Brasília a capital do país e a cidade brasileira de maior renda per capita na Federação, esperava-se que os seus eleitores escolhessem para dirigi-la políticos de elevado nível moral e intelectual. Foi assim, por exemplo, quando elegeram para o Palácio do Burity (sede do governo distrital) o recifense Cristovam Buarque, que havia sido reitor da UNB e é reconhecido nacionalmente como um grande pensador político. Cristovam fez um governo revolucionário, mas foi derrotado na reeleição.
Depois dele, Brasília escolheu para governá-la uma sucessão de políticos corruptos. Primeiro foi Joaquim Roriz, depois José Roberto Arruda, e mais recentemente Agnelo Queiroz. Roriz renunciou ao mandato de senador para não ser cassado por quebra do decoro parlamentar (corrupção). Arruda foi flagrado por uma câmera indiscreta recebendo propina de uma empreiteira, e também perdeu o cargo. E Agnelo enfrenta tantas denúncias de corrupção que dificilmente será reeleito.
Ele já foi apontado pelo Datafolha como o pior governador do país dos nove que foram avaliados e a cada dia que se passa enfrenta uma nova denúncia de falcatrua. Tem origem política no PCdoB, mas foi eleito em 2008 pelo PT, provando que em nosso país a corrupção não tem partido: alcançou o peemedebista Joaquim Roriz, o demista Roberto Arruda e o petista Agnelo Queiroz. Ainda bem que os brasilienses tiveram o bom sendo de “indenizar” Cristovam, elegendo-os duas vezes para o Senado.
A sucursal – Pré-candidato a prefeito do Recife pelo PCB, o professor Roberto Numeriano define o PCdoB como “sucursal” do Partido dos Trabalhadores. O “partidão”, em seus bons tempos, foi uma força política considerável em Pernambuco. Hoje, tem apenas um vereador.
A queda – É errado dizer que o pernambucano (do Recife) Mário Negromonte deixou o Ministério das Cidades por causa de corrupção, que não praticou. Ele caiu porque declarou em público que a maioria dos deputados do seu partido (PP) não tem currículo, e sim prontuário.
O passado – Eduardo Campos saiu em defesa de Isaltino Nascimento (transportes), flagrado numa blit da PM com sinais de embriaguez, dizendo que o tempo da “carteirada” já passou. Naquele tempo, que não deixou saudade, a autoridade perguntava ao PM se sabia com quem estava falando e quem era punido era o pobre do policial, que estava cumprindo o seu dever.
A recusa – Ranilson Ramos (agricultura) rechaça de pronto qualquer possibilidade de ser candidato a vice em Petrolina na chapa do deputado Odacy Amorim (PT). Disse que o seu partido (PSB) não abre mão de ter candidato próprio (Fernando Filho), que já seria o 1º nas pesquisas, estando à frente do próprio Odacy (2º lugar) e do prefeito Júlio Lossio (PMDB).
Pela paz – O prefeito José Queiroz (PDT) vai chamar para uma conversa, ainda este mês, os três vereadores de Caruaru que andam falando mal do seu governo, mesmo sendo da Frente Popular: Lícius Cavalcanti (PCdoB), Rogério Meneses (PT) e Demóstenes Veras Filho (PSD).
A tradição – Paulo Roberto, secretário de Cultura da prefeitura de Vitória, tem o aval do prefeito Elias Lira (DEM) para resgatar o tradicional carnaval do município, que já foi o maior e o mais animado do interior de Pernambuco, pela rivalidade que existia entre “O Camelo” e “O Leão”.
A sobra – Do líder da Oposição, Antonio Moraes (PSDB), queixando-se das péssimas condições em que se encontram algumas rodovias da Mata Norte: “O governo não conserta as estradas, mas quem paga o pato somos eu e Maviel (Cavalcanti, deputado estadual do DEM). O povo não entende que somos deputados de oposição e em vez de cobrar do governo, cobra a mim e a ele”.
A divisão – Ao chegar ontem a Surubim para inaugurar uma Academia da Cidade, Eduardo Campos deparou com uma divisão na Frente Popular. De um lado, o prefeito Flávio Nóbrega (PT) que já foi reeleito; do outro, o secretário Danilo Cabral (PSB). Houve um esforço no sentido de juntá-los, mas em vão.
Sem prévia – Gessé Valério (PSB), presidente da Câmara Municipal do Cabo, já sente uma ligeira preferência do prefeito Lula Cabral (PTB) pela candidatura do seu vice, Vado da Farmácia (PSB), à sucessão municipal. E cobrou uma prévia ao PSB para definição do candidato, que dificilmente existirá.
fonte blog de inaldo sampaio
Nenhum comentário:
Postar um comentário