sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Relíquias de santos: SIM, eu venero!

Relíquias de santos: SIM, eu venero!

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Há alguns dias postamos na nossa fanpage a imagem de uma relíquia do Beato João Paulo II, que será trazida para a JMJ do Rio. Um dos comentários que apareceram foi esse aí:
“Acho que nossa igreja deveria deixa certas ideias. Amamos e respeitamos o beato João Paulo, mas não é necessário andar com o sangue dele. Isto tiraria a centralidade que é o Senhor Jesus Cristo”.
É preocupante ver como a influência protestante avança no meio católico. Todos nós podemos ter dúvidas e procurar as razões de determinadas tradições da Igreja, mas sair, já de cara, abraçando e divulgando ideias contrárias à fé católica… isso é não é muito prudente!
Um dos nossos leitores respondeu muito bem ao tal comentário:
“Tenho uma relíquia de São Padre Pio e minha fé em Jesus Cristo não foi abalada, pelo contrário quando olho a relíquia lembro que São Padre Pio venceu e está junto dos vencedores da grande tribulação que narra o livro do Apocalipse, e além do mais as relíquias são bíblicas: ‘Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos, e afastavam-se os espíritos malignos.’ (Atos 19, 11-12)” – Bruno Rafael
Relíquias de santos e beatos podem ser seus restos mortais, seus objetos pessoais ou objetos tocados por eles. A passagem de Atos citada pelo Bruno não deixa dúvidas de que o Senhor envia graças aos fiéis por intermédio de seus santos, inclusive por meio de suas relíquias.
No Antigo Testamento, lembro-me de dois relatos interessantes que mostram a ação de Deus por meio das relíquias de seus servos:
  • o profeta Eliseu bateu com o manto do falecido profeta Elias na água, e então o rio se dividiu em duas partes, para que ele atravessasse (II Reis 2, 13-14);
  • um homem ressuscitou quando seu corpo tocou nos ossos de Eliseu (II Reis 13, 20-21).
Além da fundamentação bíblica, não podemos ignorar o testemunho dos santos, que tantas graças receberam por meio das relíquias de outros santos. Por exemplo, Santa Catarina Labouré (a quem Nossa Senhora das Graças apareceu) teve uma visão profética ao rezar para São Vicente de Paulo, diante de seu corpo.
Santa Teresinha do Menino Jesus também tinha grande apreço pelas relíquias. Quando esteve nas catacumbas de Roma, ela entrou com sua irmã Celina no fundo de um antigo túmulo de Santa Cecília, e lá pegou um pouco da terra que o corpo, um dia, havia tocado. Depois desse episódio, e após conhecer melhor a história de Santa Cecília, Santa Teresinha passou a tê-la como sua santa predileta (fonte: “História de uma Alma”). Tal devoção não distraiu nem tirou Jesus do centro do coração de Santa Teresinha. Bem ao contrário!
Certamente, há católicos que não compreendem bem o papel dos santos e vivem de forma desvirtuada a relação com as relíquias. Mas o problema não é a tradição de venerar relíquias, e sim uma catequese deficiente.
As relíquias causam em nós grande impacto, pois nos aproximam fisicamente de realidades antes conhecidas somente por meio de relatos escritos e orais. Minha experiência mais marcante nesse sentido foi na Catedral de Santiago de Compostela. Como um cristão pode não se sentir abalado ao se ver diante da caixa onde estão os ossos de São Tiago? Aquele homem da Bíblia, aquele que tocou no Cristo, que ouviu a Sua voz e que testemunhou a Sua Ressurreição… Podemos chegar pertinho de seus restos mortais!
Ninguém está dizendo que as relíquias são essenciais para a nossa salvação. Porém elas são, isso sim, testemunhas silenciosas e incisivas da vida de pessoas amaram o Cristo radicalmente.
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