quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Igreja Católica e ditadura militar: apoio ao golpe, oposição ao regime

Igreja Católica e ditadura militar: apoio ao golpe, oposição ao regime

“Essa sexta tenho aula de – versão marxista acerca da história(?) do Brasil(?) – sobre a Ditadura e o prof já antecipou que tratará do apoio da Igreja aos militares!!! Quero interromper a aula no meio de suas abobrinhas pra defender a Esposa de Cristo com argumentos SÓLIDOS!”

(Dênis Costa, leitor)

E aí vamos nós, atendendo ao pedido de mais um leitor. Imagino que muita gente deve ter tomado um susto ao ler o título do post, mas é isso aí mesmo: a Igreja apoiou a instalação do regime militar no Brasil e, pouco depois, se opôs e entrou em conflito com o regime.
Por quê a Igreja apoiou o golpe militar?
A primeira coisa que temos que ter em mente é que o movimento revolucionário de 1964 foi absolutamente NECESSÁRIO. Claro que a choldra esquerdalha vai subir nas tamancas e me chamar de nazista logo de cara. Quer saber? Se eu ligasse para a opinião desse tipo de gente, nem dormia.  Mas em 64, não havia nada de democrático aqui na Banânia: um governo fraco, corrupto e francamente pró-comunismo estava aboletado no poder. Institui-se um arremedo de parlamentarismo que beirava o patético, e o caos político era a norma.
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Os "democráticos" socialistas Brizola e João Goulart
Convenhamos, a normalidade democrática não dá motivos para a instauração de um golpe, seja ele de qualquer natureza. O fato é que, durante o governo do presidente João Goulart,  aqui haviam comunistas para todos os lados, prontos para dar o bote. Há relatos de atividades de treinamento de guerrilha feitos no Brasil por agentes cubanos, desde 1961.
Outro fato deixou a sociedade alarmada: na Central do Brasil, em 13 de março de 1964, Brizola, ao lado de Jango, sugeriu a criação de um governo que funcionasse à revelia do Congresso. Mas isso pouco importa à corja intelectualóide que hoje comanda as instituições do país; o que realmente importa é o fato de que eles tiveram seus sonhos de dominação adiados pelo golpe militar.
Pela sua própria natureza, o catolicismo é conservador. Nosso papel é preservar a palavra, a revelação e os feitos sob a terra para todas as gerações, as revelações e o legado da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, de forma alguma podemos nos esquecer disto.  Assim, para conseguir alcançar seus objetivos, as forças militares conseguiram reunir junto a si as forças conservadoras que estavam atuando de maneira dispersa na luta contra os comunistas.
O momento de instabilidade política de 1964 exigiu que providências enérgicas fossem tomadas, e a Santa Igreja não teve como não se posicionar: boa parte do clero brasileiro e dos católicos realmente apoiou os militares para a tomada de poder. Era preciso evitar que o país seguisse o rumo desastroso de Cuba. A “Marcha da Família com Deus Pela Liberdade” reuniu mais de 500 mil pessoas em São Paulo, em repúdio à ameaça comunista e ao governo Jango.
Porém, logo depois, este mesmo clero denunciou e combateu os abusos e as imposturas do regime que se seguiu. A Igreja passou a ser considerada uma pedra no sapato do regime, especialmente porque cobrava dos milicos o cumprimento da promessa que fizeram antes do golpe: realizar eleições gerais dentro de seis meses.
Por quê a Igreja passou a fazer oposição ao regime militar?
A Igreja apoiou e aprovou a revolução de 64, mas, no momento seguinte, passou a sofrer na mão dos milicos, principalmente quando exigiu a convocação de eleições gerais. Isso levou o meu conterrâneo tampinha, o General Castelo Branco, a subir no caixote e ficar ali gritando para os tuiuius. A Igreja já vinha a tempos trabalhando questões sociais com resultados práticos muito melhores do que os comunas (aliás, coisa que ela faz até hoje, já que comunista só sabe mesmo é matar os outros, principalmente aqueles que não concordam com suas ideias).
Portanto, muito cuidado com o que disserem a respeito da Igreja no que tange à articulação junto aos militares. O clero e os fiéis tomaram a decisão certa ao apoiar o golpe militar, porém, diante dos abusos, perceberam-se traídos e passaram a ser oposição. A Igreja passou a criticar e a denunciar sistematicamente as torturas, prisões abusivas e a ausência de liberdades civis, especialmente no período posterior ao ano de 1968, ou seja, após a declaração do AI-5 e o aumento da repressão.
Mas é preciso nos acautelarmos: esse cadinho efervescente, que condenava as violações dos direitos humanos, gestou grandes homens, como Dom Eugênio Sales, mas, por outro lado, gestou coisas como Dom Hélder, Frei Betto e o advento da Teologia da Libertação. Creiam-me: se o seu professor for falar alguma coisa de positivo sobre a Igreja, será sempre se utilizando da ótica dessas últimas criaturas que citei, nunca de Dom Eugênio, que só encontra parâmetros no quesito “odeio esse cara” no meio acadêmico, assim com o professor Olavo de Carvalho.
Aliás, por falar em professor Olavo de Carvalho, recomendo que assistam a este breve vídeo de 4 minutos, em que ele aborda estas questões de forma muito interessante e objetiva. Ah, antes que eu me esqueça: quem não suporta ouvir palavrões, não veja o vídeo.
Menciono outro fato que achei muito relevante: recentemente, a grande imprensa andou fazendo “queixas” de que a Igreja, tão combativa na época dos militares, já não é mais aquela, sendo vista como instituição “reacionária” e “conservadora” (observem sempre que o termo “conservador” para essa gente tem sempre conotação pejorativa). Isso é muito bom: significa que o veneno marxista inoculado em nossas veias está finalmente sendo purgado.
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