quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Imaculada Conceição e Assunção – dogmas que exaltam Jesus Cristo

Imaculada Conceição e Assunção – dogmas que exaltam Jesus Cristo


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São Joaquim e Sant’Ana eram marido e mulher. Nessa união foi gerada aquela que viria a ser a Mãe do Salvador. E, no exato momento em que Maria foi concebida no ventre de Sant’Anna, ela não herdou de seus pais a mancha do pecado original. Esse é o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
Uma confusão que o povo faz é achar que o termo “imaculada” se refere à ausência de sexo da concepção. Nada a ver! Maria foi concebida como qualquer outro bebê, por meio da união física de um casal; a diferença é que sua alma foi preservada por Deus da mancha (mácula) do pecado original. E assim ela não sofria com essa nossa “tendência ao erro”. Podia pecar, se quisesse? Claro que podia! Mas, se tivesse pecado (e não pecou), teria feito isso com plena consciência e pleno consentimento de sua vontade, assim como Eva antes da queda.
Em 1854, o Papa Pio IX definiu essa crença como dogma. Então quer dizer que os católicos só começaram a crer na Imaculada Conceição a partir dessa data? Não, de modo algum! Essa sempre foi uma crença amplamente aceita ao longo dos séculos, desde as comunidades cristãs primitivas. E, durante o papado de Pio IX a Igreja entendeu que tal fato deveria, necessariamente, integrar o conteúdo de fé essencial de todos os católicos.
A proclamação do dogma foi motivada especialmente pelos eventos relacionados à Medalha Milagrosa, em que a Virgem revelou à Santa Catarina Labouré como gostaria de ser invocada: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
E, como todo dogma, possui fundamentos na Tradição e também na Bíblia, ainda que implícitos.
  • Jesus e Maria esmagaram a cabeça da serpente (venceram o pecado e a morte): “Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela. Estes esmagar-te-ão a cabeça e tu ferirás o calcanhar deles” (Gênesis 3, 15).
  • O Anjo Gabriel chamou a Virgem de “cheia de graça” (Lucas 1,28).
  • Santa Isabel disse que ela era bendita entre todas as mulheres (Lucas 1,42).
serpente_pesO dogma da Imaculada Conceição é a o desdobramento natural de outro dogma: Jesus Cristo é Deus. E sendo Deus, como poderia habitar o ventre de uma mulher pecadora? Afinal, por mais santa que uma pessoa seja, ela peca com frequência – “O justo cai sete vezes por dia” (Prov. 24,16).
Agora, vamos imaginar a gestação de Jesus, conforme a versão protestante. A jovem Maria de Nazaré, mulher marcada pelo pecado original, está carregando ninguém menos do que DEUS na barriga. E, sendo muuuuito boazinha, ela comete apenas um pecado venial por dia… à vezes dois. Em um dia fala mal de alguém, no outro perde a paciência com a vizinha, no outro sente preguiça e é desleixada com seus afazeres… E  assim se segue a gestação do Salvador, dia após dia: a jovem carregando o Menino DEUS dentro de si e pecando, pecando… Que tal, minha gente?
Ora, é perfeitamente lógico o ensinamento da Igreja de que o Pai preparou uma habitação digna para o Seu Filho. Ele só poderia habitar em um lugar perfeitamente santo; Sua Carne só poderia ser tecida no ventre de uma mulher sem pecado. Isso era o mais digno e conveniente.
Agora, vamos entender o fluxo: se Jesus é Deus, certamente foi gestado num ventre imaculado; se tal mulher era imaculada, logo ela foi concebida sem a mancha do pecado original; por consequência, ela jamais poderia ter a sua carne consumida pela terra. Sendo assim, ela entrou de corpo e alma dos Céus.
fluxo_dogmas
O dogma da Assunção de Maria foi proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII. Alguns, influenciados pelos protestantes, pensam que a Igreja exagera no culto à Virgem. Mas, na verdade, os dogmas marianos não visam exaltar Nossa Senhora, mas sim, e sobretudo, o Seu Divino Filho.
Vamos pensar um pouquinho. Quem NÃO crê na Assunção, necessariamente, deve dizer que…
…Maria carregava a mancha do pecado original;
…Jesus foi gerado no ventre de uma pecadora (afinal, mesmo os mais santos pecam);
..ao fim de sua vida, Nossa Senhora teve seu corpo consumido pela terra;
…ou seja, o ventre que gestou o Filho de Deus (e Deus Ele mesmo) foi devorado pelos vermes.
Sou só eu que estou achando tudo isso muito estranho e incoerente? Como vemos, os dogmas são fundamentais para colocar os “pingos nos is”. Eles definem as questões centrais da fé católica e nos ajudam a enxergar o Rosto de Cristo com maior clareza, evitando interpretações puramente pessoais da Bíblia.
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2 comentários:

  1. ASSUNÇÂO DE MARIA

    Não existe texto na Bíblia que fala sobre assunção de Maria. É de se estranhar que um fato que seria de suma importância para os Cristãos não tenha sido narrado pelos apóstolos em suas cartas. A Bíblia fala de Enoque .“... Andou Enoque com Deus e já não era porque Deus o tomou para si” (Gênesis 5:24).Elias “E Elias subiu ao céu num redemoinho” (II Reis 2:11).
    A Bíblia é a tradição apostólica. Se os apóstolos soubesse da assunção de Maria estaria na Bíblia.

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  2. IMACULADA CONCEIÇÃO
    Maria sabia que era pecadora como qualquer outra pessoa,e necessitava de um salvador. “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.” (Lc 1:47).
    A bíblia é bem clara em Romanos. : “Porque todos[inclusive Maria] pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3:23).
    “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos [inclusive Maria] os homens por isso que todos pecaram.”(Rm 5:12). em (Lc 1:48). Ela foi agraciada em dar à luz Jesus Cristo (graça = favor NÃO merecido): “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.” (Lc 1:30). Como a própria palavra nos diz, favor imerecido é algo que alguém recebe sem merecer, sem ter feito nada para que tal ocorresse. A escolha de Maria para ser a mãe humana de Jesus Cristo, não foi uma escolha aleatória feita por Deus. Maria não era alguém “sem pecado” ou superior às outras mulheres. Não foi por qualquer mérito dela, mas, foi para que se cumprissem as profecias que diziam que Jesus seria descendente do Rei Davi (2 Sm 7:12-16; 1 Cr 17:11-14; Is 11:1, 10; Mt 1:1, 9:27, 15:22, 21:9; At 13:22-23; Rm 1:3, 15:12; 2 Tm 2:8; Ap 5:5, 22:16). Tanto Maria (Lc 3:23 - o pai de Maria era “Heli”), quanto José (Mt 1:16, 20; Lc 1:27 – o pai de José era “Jacó”), eram da descendência de Davi. Sendo José o pai adotivo de Jesus, para o Messias ser da linhagem de Davi, era necessário que também Maria fosse da linhagem sanguínea de Davi. Através de Seu pai adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha o direito legal ao trono de Davi, e através de Sua mãe, que, também era descendente de Davi, Ele tinha o direito hereditário natural ao trono de Davi, Seu pai (Lc 1:32).
    Maria disse sim que seria chamada “bem-aventurada” (Lc 1:48); porém, isto significa simplesmente “feliz”. Até porque, ser “bem-aventurada” não é privilégio de Maria. No V.T., temos um exemplo de outra mulher “bem-aventurada”. Trata-se de Lia, esposa de Jacó: “Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada” (Gn 30:13). Maria foi bem-aventurada, assim como são aqueles mencionados pelo Senhor Jesus Cristo, no Sermão do Monte (Mt 5). Há uma passagem que mostra uma mulher exaltando Maria, equivocadamente, chamando-a “bem-aventurada”, ao que Jesus replicou, imediatamente: “... Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc 11:28).Maria também foi pecadora, ela e José foram consagrar Jesus Cristo no templo, como era feito com todo “primogênito” dos casais (Lc 2:23) e Maria foi levar, também, a oferta “pelo pecado”, conforme a Lei (vide Lv 2:6, 8): “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.” (Lc 2:24), a fim de Maria deixar de ser considerada imunda, conforme constava na Lei de Moisés.
    A grande dúvida, se Maria fosse imaculda ela poderia ser o cordeiro de DEUS?
    Ela poderia ter sido cricificada no lugar de JESUS?
    Contudo, as Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá depois da volta de Cristo, e não fala que Maria seria uma exceção (I Co. 15.20-23).

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