Fotógrafo Paul Conroy denuncia 'massacre cego' na Síria
Ele afirmou que os bombardeios são sistemáticos e não têm alvo definido
O fotógrafo Paul Conroy, ferido no conflito em Homs (TV Reuters/Reuters)
O fotógrafo britânico Paul Conroy, retirado nesta semana da Síria, afirmou que a cidade de Homs, bastião da oposição e cenário da repressão das forças de Bashar Assad, vinha sendo palco não de ‘uma guerra’, mas de ‘um massacre cego’, em entrevista divulgada nesta sexta-feira pela rede Sky News. "É um massacre de homens, mulheres, crianças", declarou Paul a partir de seu leito no hospital do Reino Unido, onde está recebendo tratamento.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
O profissional independente de 47 anos trabalhava na Síria para o jornal britânico Sunday Times, e acrescentou que se sentia "muito bem, tendo em vista as circunstâncias". "Tenho grandes ferimentos na minha perna e (...) tiraram um estilhaço de morteiro de 7,6 cm de minhas costas", detalhou Paul Conroy.
Repressão - Todas as manhãs, por volta das 6h30, os "bombardeios começavam" em Homs, afirmou o fotógrafo. "Era quase um ataque psicológico (...). Trabalhei em várias zonas de guerra. Nunca vi ou vivi bombardeios como aqueles. Era algo sistemático", afirmou.
O Exército sírio "se deslocava regularmente pelos bairros com munições usadas em campos de batalha", prosseguiu Paul. "Não havia alvos específicos (...). Durante a última semana, a intensidade dos bombardeios aumentava dia após dia. (...) Agora que as câmeras estão saindo de lá, só Deus sabe o que vai acontecer. (...) Os moradores de Homs vinham a mim e me perguntavam 'Onde está a ajuda?' e eu não tinha resposta", narrou.
"Há milhares de pessoas em Homs (...) há locais cheios de gente esperando simplesmente a morte. Não chega ajuda alguma e as pessoas aguardam apenas o momento de entrada dos soldados, depois que um morteiro destruir a porta", prosseguiu o fotógrafo.
Repressão - Todas as manhãs, por volta das 6h30, os "bombardeios começavam" em Homs, afirmou o fotógrafo. "Era quase um ataque psicológico (...). Trabalhei em várias zonas de guerra. Nunca vi ou vivi bombardeios como aqueles. Era algo sistemático", afirmou.
O Exército sírio "se deslocava regularmente pelos bairros com munições usadas em campos de batalha", prosseguiu Paul. "Não havia alvos específicos (...). Durante a última semana, a intensidade dos bombardeios aumentava dia após dia. (...) Agora que as câmeras estão saindo de lá, só Deus sabe o que vai acontecer. (...) Os moradores de Homs vinham a mim e me perguntavam 'Onde está a ajuda?' e eu não tinha resposta", narrou.
"Há milhares de pessoas em Homs (...) há locais cheios de gente esperando simplesmente a morte. Não chega ajuda alguma e as pessoas aguardam apenas o momento de entrada dos soldados, depois que um morteiro destruir a porta", prosseguiu o fotógrafo.
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