sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CRISTÃOS ESTÃO SENDO DECAPITADOS NA SÍRIA

CRISTÃOS ESTÃO SENDO DECAPITADOS NA SÍRIA


Esta é uma da coisas mais repugnantes e desumanas que se tem conhecimento na atualidade. Como conhecedor da História da Igreja(ainda que não seja um especialista), jamais imaginem que na era moderna teríamos a visão estarrecedores do martírios de cristãos como nos primeiros séculos da Igreja. Mas, por mais chocante que isso possa parecer, Cristãos estão sendo decapitados na Síria.
Esta é uma da coisas mais repugnantes e desumanas que se tem conhecimento na atualidade. Como conhecedor da História da Igreja(ainda que não seja um especialista), jamais imaginem que na era moderna teríamos a visão estarrecedores do martírios de cristãos como nos primeiros séculos da Igreja. Mas, por mais chocante que isso possa parecer, Cristãos estão sendo decapitados na Síria.
É uma página triste da História da nossa fé, uma pena que a maior parte da cristandade não esteja se dando conta da seriedade disso. Temos no Brasil total liberdade no exercício da nossa fé, ao ponto de sermos, muitas vezes, negligentes.
Que possamos olhar para esta tragédia e sermos mortificados com estes irmãos que estão dando sua vida pela sua verdadeira fé. Que o martírio destes cristãos possa nos ensinar alguma coisa em nossa jornada com Deus.(Adenilton Turquete)
Após a tomada da cidade de Maaloula, um novo capítulo tem sido escrito na situação de guerra que vive a Síria. De maneira intrigante, a grande mídia silencia sobre o massacre bárbaro e diário dos cristãos. Enquanto muçulmanos alauitas e sunitas brigam pelo poder, quem mais sofre são os cristãos.
Como em toda guerra, surgem muitas informações desencontradas, mas entre os relatos existe uma consistência. As tropas rebeldes, que lutam contra o governo de Bashar al-Assad, são treinadas pela Al Qaeda e financiadas indiretamente pelo governo dos EUA. Possivelmente por isso a “grande mídia” deixe a questão dos cristãos convenientemente de lado.
O fato é que milhares de pessoas têm morrido ao longo desses dois anos e meio de conflitos étnicos e religiosos. De maneira quase unânime, quando se fala ou mostra a morte de soldados leais ao presidente, elas ocorrem por fuzilamento. Quando são cristãos, a forma padrão parece ser decapitar e expor a cabeça em público.
A conquista de Maaloula pelos rebeldes foi marcante pois ali vivia uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo, onde ainda se fala o aramaico, língua usada por Jesus . Situada a 50 quilômetros da capital Damasco, a pequena cidade de 3 mil pessoas ficou quase deserta. Estima-se que 80% da população, a maioria de cristãos ortodoxos e católicos, refugiou-se em cidades vizinhas. Mas não sem ver antes a maioria de suas igrejas e casas serem saqueadas, queimadas e ouvirem a ameaça que todo aquele que não se converter ao Islã teria a cabeça cortada.
O avanço dos rebeldes na área foi liderado por Jabhat al-Nusra, ligado a grupos jihadistas islâmicos. A liderança da Frente de Libertação Qalamon se mudou para a aldeia, agora cerca de 1.500 soldados de grupos liderados pela Al-Qaeda estão na pequena Maaloula.
A tomada da aldeia enviou duas fortes mensagens ao mundo: os rebeldes estão mais próximos que nunca de tomarem a capital e os rebeldes extremistas muçulmanos tentarão eliminar os cristãos da Síria.
Muitos dos habitantes que ficaram estão experimentando o horror diariamente. Segundo o site Sky News, da Inglaterra, esta semana três cristãos foram mortos em praça pública e seu enterro se transformou em uma verdadeira passeata de protesto. A grande concentração foi na parte antiga da cidade, que segundo a tradição foi onde o apóstolo Paulo parava em suas viagens até Damasco. O cortejo foi até a igreja ortodoxa Zaytoun, onde fizeram o culto fúnebre. Enquanto os sinos badalavam, partiram para o cemitério.
Mulheres vestidas de negro jogavam grãos de arroz no ar, uma forma tradicional de demonstrar luto. Um pequeno grupo tocava tambores e, em meio ao choro se ouviam gritos. Uma mulher perguntava: “É isso que vocês chamam de democracia… isso é o que o governo quer?”, enquanto um homem fazia gestos obscenos e gritava palavrões contra o presidente Obama e o premiê inglês David Cameron.
Hoje, outras imagens chocantes correram o mundo. São da cidade de Keferghan, onde quatro jovens cristãos foram decapitados publicamente. Um fotógrafo que não quer se identificar, fez imagens que foram publicados pelo site da revista Time. Embora a revista não confirme, outras fontes alegam que o que motivou a morte deles foi sua fé.

Ele fez uma narrativa breve, mas chocante, do que presenciou:
“Eu vi uma cena de crueldade absoluta: um ser humano sendo tratado de uma maneira que nenhum ser humano jamais deveria ser tratado… Eu não sei quantos anos a vítima tinha, mas era jovem. Eles o forçaram a ficar de joelhos. Os rebeldes ao seu redor liam os seus ‘crimes’ listados em um pedaço de papel. Eles o cercaram. O jovem estava com as mãos atadas. Ele parecia congelado. Dois rebeldes sussurraram algo em seu ouvido e o jovem respondeu de uma forma inocente e triste, mas eu não conseguia entender o que ele disse… No momento da execução, os rebeldes agarraram sua garganta. O jovem reagiu, mas três ou quatro rebeldes conseguiram imobilizá-lo. Ele tentou proteger a garganta com as mãos, que ainda estavam amarradas. Tentou resistir, mas os rebeldes eram mais fortes e cortaram sua garganta. Depois, levantaram a cabeça. As pessoas aplaudiram. Todo mundo estava feliz porque a execução aconteceu”.
Muitos estudiosos das profecias cristãos e muçulmanos acreditam que a s segunda vinda de Jesus está ligada à cidade de Damasco, capital da Síria. A crescente ameaça de guerra dos sírios contra outros países gerou uma série de análises nesse sentido.
Em comum entre as previsões está o iminente retorno de Cristo. Da parte dos cristãos, alguns apontam para Isaías 17:1. Para alguns, pode ser um prenúncio do Armagedom, a batalha final.
Entre os sírios prevalece a tristeza pelos milhares de mortos e feridos, mas para milhares deles a esperança na vida eterna se fortalece. As agências cristãs têm oferecido ajuda material, emocional e, acima de tudo, espiritual para os refugiados nos países vizinhos. Milhares de muçulmanos estão ouvindo o evangelho livremente, alguns pela primeira vez na vida. Existem muitos testemunhos de conversões.

Com informações de Sky News e Time via Gospel Prime

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Imaculada Conceição e Assunção – dogmas que exaltam Jesus Cristo

Imaculada Conceição e Assunção – dogmas que exaltam Jesus Cristo


primeira_pedra
São Joaquim e Sant’Ana eram marido e mulher. Nessa união foi gerada aquela que viria a ser a Mãe do Salvador. E, no exato momento em que Maria foi concebida no ventre de Sant’Anna, ela não herdou de seus pais a mancha do pecado original. Esse é o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
Uma confusão que o povo faz é achar que o termo “imaculada” se refere à ausência de sexo da concepção. Nada a ver! Maria foi concebida como qualquer outro bebê, por meio da união física de um casal; a diferença é que sua alma foi preservada por Deus da mancha (mácula) do pecado original. E assim ela não sofria com essa nossa “tendência ao erro”. Podia pecar, se quisesse? Claro que podia! Mas, se tivesse pecado (e não pecou), teria feito isso com plena consciência e pleno consentimento de sua vontade, assim como Eva antes da queda.
Em 1854, o Papa Pio IX definiu essa crença como dogma. Então quer dizer que os católicos só começaram a crer na Imaculada Conceição a partir dessa data? Não, de modo algum! Essa sempre foi uma crença amplamente aceita ao longo dos séculos, desde as comunidades cristãs primitivas. E, durante o papado de Pio IX a Igreja entendeu que tal fato deveria, necessariamente, integrar o conteúdo de fé essencial de todos os católicos.
A proclamação do dogma foi motivada especialmente pelos eventos relacionados à Medalha Milagrosa, em que a Virgem revelou à Santa Catarina Labouré como gostaria de ser invocada: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
E, como todo dogma, possui fundamentos na Tradição e também na Bíblia, ainda que implícitos.
  • Jesus e Maria esmagaram a cabeça da serpente (venceram o pecado e a morte): “Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os descendentes dela. Estes esmagar-te-ão a cabeça e tu ferirás o calcanhar deles” (Gênesis 3, 15).
  • O Anjo Gabriel chamou a Virgem de “cheia de graça” (Lucas 1,28).
  • Santa Isabel disse que ela era bendita entre todas as mulheres (Lucas 1,42).
serpente_pesO dogma da Imaculada Conceição é a o desdobramento natural de outro dogma: Jesus Cristo é Deus. E sendo Deus, como poderia habitar o ventre de uma mulher pecadora? Afinal, por mais santa que uma pessoa seja, ela peca com frequência – “O justo cai sete vezes por dia” (Prov. 24,16).
Agora, vamos imaginar a gestação de Jesus, conforme a versão protestante. A jovem Maria de Nazaré, mulher marcada pelo pecado original, está carregando ninguém menos do que DEUS na barriga. E, sendo muuuuito boazinha, ela comete apenas um pecado venial por dia… à vezes dois. Em um dia fala mal de alguém, no outro perde a paciência com a vizinha, no outro sente preguiça e é desleixada com seus afazeres… E  assim se segue a gestação do Salvador, dia após dia: a jovem carregando o Menino DEUS dentro de si e pecando, pecando… Que tal, minha gente?
Ora, é perfeitamente lógico o ensinamento da Igreja de que o Pai preparou uma habitação digna para o Seu Filho. Ele só poderia habitar em um lugar perfeitamente santo; Sua Carne só poderia ser tecida no ventre de uma mulher sem pecado. Isso era o mais digno e conveniente.
Agora, vamos entender o fluxo: se Jesus é Deus, certamente foi gestado num ventre imaculado; se tal mulher era imaculada, logo ela foi concebida sem a mancha do pecado original; por consequência, ela jamais poderia ter a sua carne consumida pela terra. Sendo assim, ela entrou de corpo e alma dos Céus.
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O dogma da Assunção de Maria foi proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII. Alguns, influenciados pelos protestantes, pensam que a Igreja exagera no culto à Virgem. Mas, na verdade, os dogmas marianos não visam exaltar Nossa Senhora, mas sim, e sobretudo, o Seu Divino Filho.
Vamos pensar um pouquinho. Quem NÃO crê na Assunção, necessariamente, deve dizer que…
…Maria carregava a mancha do pecado original;
…Jesus foi gerado no ventre de uma pecadora (afinal, mesmo os mais santos pecam);
..ao fim de sua vida, Nossa Senhora teve seu corpo consumido pela terra;
…ou seja, o ventre que gestou o Filho de Deus (e Deus Ele mesmo) foi devorado pelos vermes.
Sou só eu que estou achando tudo isso muito estranho e incoerente? Como vemos, os dogmas são fundamentais para colocar os “pingos nos is”. Eles definem as questões centrais da fé católica e nos ajudam a enxergar o Rosto de Cristo com maior clareza, evitando interpretações puramente pessoais da Bíblia.
*****
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Igreja Católica e ditadura militar: apoio ao golpe, oposição ao regime

Igreja Católica e ditadura militar: apoio ao golpe, oposição ao regime

“Essa sexta tenho aula de – versão marxista acerca da história(?) do Brasil(?) – sobre a Ditadura e o prof já antecipou que tratará do apoio da Igreja aos militares!!! Quero interromper a aula no meio de suas abobrinhas pra defender a Esposa de Cristo com argumentos SÓLIDOS!”

(Dênis Costa, leitor)

E aí vamos nós, atendendo ao pedido de mais um leitor. Imagino que muita gente deve ter tomado um susto ao ler o título do post, mas é isso aí mesmo: a Igreja apoiou a instalação do regime militar no Brasil e, pouco depois, se opôs e entrou em conflito com o regime.
Por quê a Igreja apoiou o golpe militar?
A primeira coisa que temos que ter em mente é que o movimento revolucionário de 1964 foi absolutamente NECESSÁRIO. Claro que a choldra esquerdalha vai subir nas tamancas e me chamar de nazista logo de cara. Quer saber? Se eu ligasse para a opinião desse tipo de gente, nem dormia.  Mas em 64, não havia nada de democrático aqui na Banânia: um governo fraco, corrupto e francamente pró-comunismo estava aboletado no poder. Institui-se um arremedo de parlamentarismo que beirava o patético, e o caos político era a norma.
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Os "democráticos" socialistas Brizola e João Goulart
Convenhamos, a normalidade democrática não dá motivos para a instauração de um golpe, seja ele de qualquer natureza. O fato é que, durante o governo do presidente João Goulart,  aqui haviam comunistas para todos os lados, prontos para dar o bote. Há relatos de atividades de treinamento de guerrilha feitos no Brasil por agentes cubanos, desde 1961.
Outro fato deixou a sociedade alarmada: na Central do Brasil, em 13 de março de 1964, Brizola, ao lado de Jango, sugeriu a criação de um governo que funcionasse à revelia do Congresso. Mas isso pouco importa à corja intelectualóide que hoje comanda as instituições do país; o que realmente importa é o fato de que eles tiveram seus sonhos de dominação adiados pelo golpe militar.
Pela sua própria natureza, o catolicismo é conservador. Nosso papel é preservar a palavra, a revelação e os feitos sob a terra para todas as gerações, as revelações e o legado da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, de forma alguma podemos nos esquecer disto.  Assim, para conseguir alcançar seus objetivos, as forças militares conseguiram reunir junto a si as forças conservadoras que estavam atuando de maneira dispersa na luta contra os comunistas.
O momento de instabilidade política de 1964 exigiu que providências enérgicas fossem tomadas, e a Santa Igreja não teve como não se posicionar: boa parte do clero brasileiro e dos católicos realmente apoiou os militares para a tomada de poder. Era preciso evitar que o país seguisse o rumo desastroso de Cuba. A “Marcha da Família com Deus Pela Liberdade” reuniu mais de 500 mil pessoas em São Paulo, em repúdio à ameaça comunista e ao governo Jango.
Porém, logo depois, este mesmo clero denunciou e combateu os abusos e as imposturas do regime que se seguiu. A Igreja passou a ser considerada uma pedra no sapato do regime, especialmente porque cobrava dos milicos o cumprimento da promessa que fizeram antes do golpe: realizar eleições gerais dentro de seis meses.
Por quê a Igreja passou a fazer oposição ao regime militar?
A Igreja apoiou e aprovou a revolução de 64, mas, no momento seguinte, passou a sofrer na mão dos milicos, principalmente quando exigiu a convocação de eleições gerais. Isso levou o meu conterrâneo tampinha, o General Castelo Branco, a subir no caixote e ficar ali gritando para os tuiuius. A Igreja já vinha a tempos trabalhando questões sociais com resultados práticos muito melhores do que os comunas (aliás, coisa que ela faz até hoje, já que comunista só sabe mesmo é matar os outros, principalmente aqueles que não concordam com suas ideias).
Portanto, muito cuidado com o que disserem a respeito da Igreja no que tange à articulação junto aos militares. O clero e os fiéis tomaram a decisão certa ao apoiar o golpe militar, porém, diante dos abusos, perceberam-se traídos e passaram a ser oposição. A Igreja passou a criticar e a denunciar sistematicamente as torturas, prisões abusivas e a ausência de liberdades civis, especialmente no período posterior ao ano de 1968, ou seja, após a declaração do AI-5 e o aumento da repressão.
Mas é preciso nos acautelarmos: esse cadinho efervescente, que condenava as violações dos direitos humanos, gestou grandes homens, como Dom Eugênio Sales, mas, por outro lado, gestou coisas como Dom Hélder, Frei Betto e o advento da Teologia da Libertação. Creiam-me: se o seu professor for falar alguma coisa de positivo sobre a Igreja, será sempre se utilizando da ótica dessas últimas criaturas que citei, nunca de Dom Eugênio, que só encontra parâmetros no quesito “odeio esse cara” no meio acadêmico, assim com o professor Olavo de Carvalho.
Aliás, por falar em professor Olavo de Carvalho, recomendo que assistam a este breve vídeo de 4 minutos, em que ele aborda estas questões de forma muito interessante e objetiva. Ah, antes que eu me esqueça: quem não suporta ouvir palavrões, não veja o vídeo.
Menciono outro fato que achei muito relevante: recentemente, a grande imprensa andou fazendo “queixas” de que a Igreja, tão combativa na época dos militares, já não é mais aquela, sendo vista como instituição “reacionária” e “conservadora” (observem sempre que o termo “conservador” para essa gente tem sempre conotação pejorativa). Isso é muito bom: significa que o veneno marxista inoculado em nossas veias está finalmente sendo purgado.
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Álvaro Negromonte SÃO PEDRO CLAVER

SÃO PEDRO CLAVER
Os escravos negros que chegavam em enormes navios negreiros ao porto de Cartagena, na Colômbia, eram recepcionados e aliviados de suas dores e sofrimentos por um missionário que, além de alimento, vinho e tabaco, oferecia palavras de fé para aquecer seus corações e dar-lhes esperança. Para quem vivia com corrente nos pés e sob o açoite dos feitores, a esperança vinha de Nosso Senhor. Esse missionário era Pedro de Claver, nascido no povoado de Verdú, em Barcelona, na Espanha, em 26 de junho de 1580. Filho de um casal de simples camponeses muito cristãos, desde cedo revelou sua vocação. Estudou no Colégio dos Jesuítas e, em 1602, entrou para a Companhia de Jesus, para tornar-se um deles. Quando terminou os estudos teológicos, Pedro de Claver viajou com uma missão para Cartagena, hoje cidade da Colômbia, na América do Sul. Iniciou seu apostolado antes mesmo de ser ordenado sacerdote, o que ocorreu logo em seguida, em 1616, naquela cidade. E assim, foi enviado para Carque, evangelizar os escravos que chegavam da África. Apesar de não entenderem sua língua, entendiam a linguagem do amor, da caridade e do sentimento cristão e paternal que emanavam daquele padre santo. Por esse motivo os escravos negros o veneravam e respeitavam como um justo e bondoso pai. Em sua missão, lutava ao lado dos negros e sofria com eles as mesmas agruras. O que podia fazer por eles era mitigar seus sofrimentos e oferecer-lhes a salvação eterna. Com essa proposta, Pedro de Claver batizou cerca de quatrocentos mil negros durante os quarenta anos de missão apostólica. Foram atribuídos a ele, ainda, muitos milagres de cura. Durante a peste, em 1650, ele foi o primeiro a oferecer-se para tratar os doentes. As conseqüências foram fatais: em sua peregrinação entre os contaminados, foi atacado pela epidemia, que o deixou paralítico. Depois de quatro anos de sofrimento, Pedro de Claver morreu aos setenta e três anos de idade, em 8 de setembro de 1654, no dia na festa da Natividade da Virgem Maria. Foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1888. São Pedro Claver foi proclamado padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros em 1896. Sua festa, em razão da solenidade mariana, foi marcada para 9 de setembro, dia seguinte ao da data em que se celebra a sua morte.

domingo, 8 de setembro de 2013

ESSA UMA HEROINA DA HUMANIDADE



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Durante a 2ª Guerra Mundial, Iren conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!). 
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhonete (para crianças de maior tamanho).
Também levava na parte de trás da camioneta um cão, a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto pôde manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.
Por fim os nazis apanharam-na. Souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha, encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada foi, no entanto, condenada à morte.
Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, ele gritou-lhe em polaco: "Corra!".
Esperando ser baleada pelas costas, Irena, contudo, correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter certeza de que não fora seguida. No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais.
Os membros da organização Żegota ("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena, subornando os alemães e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Irena mantinha um registro com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, guardadas num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais, ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.
Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Esta é uma celebração à memória de Irena e dos seis milhões de judeus, vinte milhões de russos, dez milhões de cristãos (inclusive nil e novecentos sacerdotes católicos ), quinhentos mil ciganos, centenas de milhares de seres humanos assassinados, massacrados, violados, mortos a fome e humilhados, com os povos do mundo muitas vezes olhando para o outro lado...
Agora, mais do que nunca, com o recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões civis em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar que o Mundo nunca a esqueça.
Gente como Irena Sendler, que salvou milhares de vidas praticamente sozinha, é extremamente necessária.
A intenção desta celebração à memória de Irena Sendler é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Una-se a nós e seja mais um elo desta cadeia comemorativa e ajudar a distribuí-la por todo o mundo... Por favor, divulgue, compartilhe, homenageie esse grande ser humano, fazendo com que seja lembrada, conhecida.

"A razão pela qual resgatei as crianças têm origem no

meu lar, na minha infância.

Fui educada na crença de que uma pessoa

necessitada deve ser ajudada com o coração, sem

importar a sua religião ou nacionalidade."- Irena

Sendler

SE VOCÊ ACHA QUE ESSA MULHER MERECE SER

LEMBRADA E HOMENAGEADA, 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

BANDA ROSAS DE SARON FLERTOU COM A HERESIA

No Reino de Sauron, nem tudo são rosas

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Muitos de vocês devem estar acompanhando o imbróglio gerado após as declarações do vocalista da banda católica Rosa de Saron no programa da Fátima Bernardes. Pra resumir bem a questão, taí abaixo o vídeo com as falas infelizes do artista, e a devida avacalhação por parte do Pe. Paulo Ricardo (são 2 minutinhos).
Em sua fanpage e em seu blog, a banda publicou um post em resposta aos “ataques” sofridos. Usaram a encíclica Redemptoris Missio, de João Paulo II, para tentar provar que não disseram nada de herético. O documento acena a possibilidade de salvação não só para os católicos, mas também para aqueles que “não têm a possibilidade de conhecer ou aceitar a revelação do Evangelho, e de entrar na Igreja”.
Esse é o belíssimo conceito de ignorância invencível, que nós já explicamos aqui no blog. Quem quiser entender melhor, basta ler o post “No Céu só haverá católicos?”.
Ok… Então o vocalista da banda não disse nada de errado? Disse sim! Diante de milhões de espectadores, ele desprezou quem diz que “católico é certo”, pois isso seria “papo de cidade do interior”. Querendo ou não, ele reforçou a ideologia do relativismo religioso, segundo a qual “tanto faz uma religião como a outra”.
O relativismo religioso já foi condenado no Decreto Unitatis Redintegratio:
“…só pela Igreja católica de Cristo, que é o meio geral de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios salutares. Cremos também que o Senhor confiou todos os bens da nova Aliança ao único colégio apostólico, a cuja testa está Pedro, com o fim de constituir na terra um só corpo de Cristo.”

(UR, 3)


Tal ideia danosa também foi condenada durante o papado do próprio João Paulo II, por meio da Declaração Dominus Iesus:


“Com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus quis que a Igreja por Ele fundada fosse o instrumento de salvação para toda a humanidade (…). Esta verdade de fé nada tira ao fato de a Igreja nutrir pelas religiões do mundo um sincero respeito, mas, ao mesmo tempo, exclui de forma radical a mentalidade indiferentista ‘imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que ‘tanto vale uma religião como outra’.


“Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça divina, também é verdade que objetivamente se encontram numa situação gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a plenitude dos meios de salvação.”


E, voltando à encíclica Redemptoris Missio, a banda destacou o trecho que lhe convinha, mas parece não ter reparado nesse pedacinho “irrelevante” aqui:


“…a Igreja professa que Deus constituiu Cristo como único mediador e que ela própria foi posta como instrumento universal de salvação. (…) É necessário manter unidas, estas duas verdades: a real possibilidade de salvação em Cristo para todos os homens, e a necessidade da Igreja para essa salvação.”

(RM, 9)



É bom lembrar também que o Papa Francisco já deixou bem claro que “…não é possível encontrar Jesus fora da Igreja. O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja” (homilia do dia 22 de abril de 2013).
rosa_papa
Certo, vamos partir do princípio de que as palavras do vocalista na TV foram realmente distorcidas pelos católicos conservadores. Se assim for, o mais sensato seria os membros da banda terem publicado uma resposta dizendo que jamais pretenderam desacreditar o ensinamento infalível de que “Fora da Igreja não há salvação”. Porém, limitaram-se ao discurso de vitimização e em nenhum momento afirmam sua fé no dogma, que foi proclamado por meio da bula Unam Sanctam e está confirmado no atual Catecismo.


Milhares de jovens são fãs da banda Rosa de Saron, que aliás, manda muito bem nas composições. Entretanto, o sucesso e a fama trazem não só prazeres, mas também enorme responsabilidade. O que um artista fala, em geral, produz muito mais impacto na sociedade do que a palavra de um intelectual, um líder religioso ou um político de renome.


É preciso dar fim às acusações, e buscar a verdade e a paz. É simples acabar com essa polêmica! Digam junto conosco, membros de Rosa de Saron:

“Fora da Igreja não há salvação”.

sauron_olhoIsso bastará para dissipar todas as dúvidas de que tenham pretendido incorrer em heresia. É possível que digam isso ou… seria pedir demais? Challenge accepted?





Dica final: já que gostam tanto do Papa Francisco (e nisso estamos juntos), seria muito bom que os artistas em questão se unissem e ele no afeto e no reconhecimento ao legado de Bento XVI. As verdadeiras rosas de Saron – como aquela flor citada no livro 2 do Cântico dos Cânticos – serão capazes de entender isso. Já as rosas de Sauron… Essas estão murchinhas, murchinhas!
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No Céu só haverá católicos? FORA DA IGREJA NAO EXISTE SALVAÇAO

No Céu só haverá católicos?

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Em uma homilia recente, o Papa Francisco disse:
“…não é possível encontrar Jesus fora da Igreja. O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja”.

E Francisco deixou bem claro que estava falando da Igreja “hierárquica e católica”. Bem, se não é possível encontrar Jesus fora da Igreja Católica, não é possível salvar-se fora dela. Afinal, ninguém chega ao Pai senão por meio dEle.
Certo… E como ficam os evangélicos – existem muitos que dão um testemunho belo e sincero de fé – e as pessoas de outras religiões que nunca tiveram a oportunidade de receber uma boa catequese?
Em primeiro lugar, é preciso que tenhamos claro uma coisa: Deus não é um legislador frio e inflexível. Ele sabe que há pessoas que não têm culpa de não crerem em Seu Filho e na Sua Igreja (ou que têm sua culpabilidade atenuada). E isso pode ocorrer por diversas razões:
  • porque ainda não ouviram as palavras do Evangelho;
  • porque tiveram uma experiência negativa com os católicos ou porque receberam uma catequese ruim, e assim formaram uma má impressão;
  • porque estão submetidos a fortes condicionamentos culturais.
“Ignorância invencível”: é assim que a Igreja nomeia essas condições extremamente desfavoráveis para o conhecimento e o acolhimento da verdadeira fé. É como um forte bloqueio, que impede a pessoa de dizer sim a Cristo e à Sua Igreja. Por isso, Deus não vê como culpados aqueles que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível.
Então, sobre a salvação dos não-católicos, duas coisas devem ficar claras:
1. fora da Igreja não há salvação. Isso é dogma, ou seja, é uma verdade de fé que deve ser aceita por todo católico;
2. aqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e a Sua Igreja, mas buscam a Deus sinceramente e tentam cumprir a Sua vontade não estão fora da Igreja. Eles fazem parte da alma da Igreja e, assim, podem conseguir a salvação.
Como serão julgados os não-católicos?
São Paulo, em uma de suas cartas, fala que a noção básica do que é bom e do que é mau está inscrita nos corações das pessoas, inclusive daquelas que jamais ouviram falar de Jesus. Isso se chama “lei natural”.
“Os pagãos não têm a Lei. Mas, embora não a tenham, se fazem espontaneamente o que a Lei manda, eles próprios são Lei para si mesmos.
“Assim mostram que os preceitos da Lei estão escritos nos seus corações; a sua consciência também testemunha isso, assim como os julgamentos interiores, que ora os condenam, ora os aprovam.” - Romanos 2, 14-15

Diante de Deus, então, os não-católicos serão julgados conforme a sua fidelidade àquilo que aprenderam que é certo ou errado. Certamente, seus conhecimentos sobre o bem e o mal são muito limitados, pois não puderam conhecer a plenitude da verdade na Igreja Católica. E Deus levará essa desvantagem em conta.
É justo que os menos favorecidos sejam menos cobrados. Afinal, Deus julga não somente as ações, mas as intenções e a condição que cada um tem para compreender se o que faz é bom ou mau. Na parábola do mau administrador, Cristo diz:
“Todavia aquele empregado que, mesmo conhecendo a vontade do seu senhor, não ficou preparado, nem agiu conforme a vontade dele, será chicoteado muitas vezes.
“Mas o empregado que não sabia e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido…”
- Lucas 12, 47-48


Isso quer dizer que nós católicos seremos julgados com muito mais rigor do que aqueles que ignoram a palavra de Deus, ou aqueles que a conhecem de modo parcial. Somos privilegiados: tivemos a oportunidade de receber muito mais amor, muito mais graças, muito mais consolações e muito mais sabedoria do que os demais.
UM EXEMPLO:
indiozinho
Foto: Agência Brasil
Em muitas tribos indígenas brasileiras, são enterrados vivos bebês e crianças com deficiência, filhos de mães solteiras e gêmeos.
Notem que tal crueldade é feita com base nas crenças arraigadas da tribo, que julgam estar realizando algo bom para o grupo.
Agora, imaginem um casal católico, que recebeu a catequese de modo adequado, que frequenta as missas… A esposa, grávida, descobre que o bebê tem Síndrome de Down ou anencefalia e, então, o casal resolve fazer um aborto.
Será que no dia do Juízo a mão de Deus recairá sobre esses índios não-catequizados com o mesmo peso que sobre o casal católico?








Lembremos que o princípio da ignorância invencível não se aplica a todos os casos de descrença na fé da Igreja. Por isso, não terão salvação aqueles que, voluntariamente, fazem-se cegos e surdos para o Evangelho. “Quem não crer, será condenado” (Marcos 16,16
).
Rezemos pela conversão dos pecadores. Rezemos também para que sejamos capazes de dar testemunho de Cristo com nossas palavras e ações, já que muitos não creem por nossa culpa, quando encandalizamos os demais com a nossa falta de amor e incoerência.
Que todos sejamos um!
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O incenso: oração sensível aos olhos e ao olfato

O incenso: oração sensível aos olhos e ao olfato

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turibulo_incenso
Foto: Elisa Pires
Uma pessoa pode até não saber bem significado do uso do incenso em celebrações da Igreja, mas quando avista aquela fumaça, já percebe que o momento é especialmente solene. Na Igreja Católica, o uso do incenso nas celebrações é um ato de adoração. Como elemento litúrgico, ele favorece a criação de uma atmosfera sagrada, e inspira em todos uma atitude de reverência.
E o que é o incenso? É um concentrado de resinas de plantas; joga-se o incenso na brasa do turíbulo, e então seu perfume se espalha pelo ambiente por meio da fumaça. Simbolicamente, essa fumaça é a oração do sacerdote e dos fiéis que sobe aos Céus.
Nas celebrações em geral, percebemos a oração do povo somente por meio da audição. Porém, quando se usa o incenso, a oração se torna sensível para nós também por meio de dois outros sentidos: a visão e o olfato.
Assim, além de dar um tom de solenidade e embelezar as cerimônias, o incenso é educativo, pois nos mostra como uma oração deve ser feita para honrar a Deus. O nosso sentimento e as palavras usadas na oração devem subir ao Céu como sobe a fumaça: com respeito, com suavidade, com beleza, com humildade, buscando ser agradável.
Observando como a fumaça do incenso se movimenta e a sensação que produz, um católico percebe que não deve orar de forma desordenada e histérica, como um membro de uma seita neopentecostal. Nada de berros, nada de ficar lançando “desafios” a Deus ou de vomitar palavras de modo acelerado e excitado, como se fosse um locutor de partida de futebol…
Devemos viver a intimidade com Deus, mas essa intimidade não deve se desvirtuar na falta de reverência. Além dos católicos com cacoetes neopentecostais, fica também a dica pros baixinhos-da-Xoxa, que chamam o Senhor do Universo de “cara lá de cima”. O sujeito pode chamar Deus de Pai, mas, em vez disso, prefere usar essa expressão tosca. Tu merece ser chamado por Deus de “cara lá de baixo”. Sem noção!
botafumeiro_bento_xviE em que ocasiões se usa o incenso? Nas Missas e procissões, para mostrar a importância da festividade do dia. Incensa-se o altar, a Cruz, a Bíblia, a imagem da Virgem, as oferendas sobre o altar, os ministros, o povo e o Santíssimo.
Se você é daquele tipo que se arrepia todo só de ver o pequeno turíbulo da sua paróquia em ação, ia precisar tomar um calmante pra não ter um treco diante do Botafumeiro da Catedral de Santiago de Compostela. É um dos maiores turíbulos do mundo, com 1,60 de altura. São precisos vários homens para puxar a corda que o faz “voar” de um lado a outro da Catedral. Pra vocês terem uma ideia da sensação incrível de quem presencia esse momento, saquem só a expressão no rosto de Bento XVI na foto ao lado.
O visível encanto de Bento XVI com o Botafumeiro foi registrado em vídeo também:
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SOBRE A FE E A RAZAO.

Convite: venha conhecer Jesus. Importante: traga seu cérebro!

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Uma reflexão sobre Fé e Razão
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A "Cabeça de S. João Batista". Relíquia guardada em uma igreja em Amiens
Faz uns dias, o blog Apostolado Tradição em Foco com Roma (curto muito!) publicou em sua fanpage a foto de um crânio humano, identificado na legenda como a cabeça de São João Batista. Nos comentários, um rapaz perguntou sobre as provas da sua autenticidade. Não havia qualquer acento de deboche ou cinismo em seu questionamento, mas o bonde dos carolinhas não perdoou: desceu o malho no “São Tomé”.
– Como ele pode ser católico e pedir provas para acreditar em uma relica de santo? Que abeçurdoooo!!! Fé de verdade dispensa provas!
Os carolinhas ignoram que há em nossa fé elementos centrais – como a crença nos dogmas e a obediência ao Papa – e outros periféricos – como a crença em revelações pessoais e relíquias. Apesar de muito importantes, estas últimas devoções não são obrigatórias.
Pensem no caso Santo Sudário, uma relíquia esplêndida, amplamente apoiada em evidências históricas e científicas que afastam a possibilidade de fraude. Nem ele conta com o reconhecimento oficial da Igreja! O Beato João Paulo II e Bento XVI já o veneraram publicamente, mas o fizeram como devoção pessoal, jamais obrigando toda a Igreja a afirmar a autenticidade do tecido.
Voltando à tal foto da relíquia de São João: surgiram comentários fazendo contraponto aos carolinhas escandalizados. Um rapaz observou que pedir provas não é censurável, já que, para canonizar uma pessoa, a Igreja exige a comprovação de dois milagres, considerando até o parecer de cientistas. Outro notou que há pelo menos três igrejas na Europa alegando a posse da mesma cabeça. E um cônego afirmou que um questionamento sério que nasce da busca sincera de Deus é melhor do que uma fé cega.
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O crédulo manda o cérebro passear quando o assunto é religião.
Esse episódio é só uma amostra de como muitos católicos ainda estão longe de entender a relação vital entre Fé e Razão. Acaso, ao chegar na porta de alguma igreja, você já viu uma plaquinha pedindo: “DEIXE SEU CÉREBRO AQUI FORA”? Não, nunca viu? Nem eu. Mas tem gente que age como se essa plaquinha estivesse sempre lá.
Muitos nutrem a estranha convicção de que Jesus fica ofendidíssimo se a pessoa se põe a questionar sobre determinados elementos da religião. E se obrigam a crer sem pestanejar em qualquer ritual, narrativa ou objeto envolto em uma aura (ainda que duvidosa) de religiosidade. Eles não se dão conta de que o questionamento que nasce da busca sincera da verdade é bem diferente da dúvida irracional, orgulhosa e emperdernida.
Querem ver um exemplo na Bíblia? O primeiro capítulo do Evangelho de João conta que Filipe garantiu pra Natanael que tinha encontrado o Messias, e seu nome era Jesus de Nazaré. Natanael torceu o nariz e deu uma zoada:
- De Nazaré pode sair coisa boa?
Filipe então convidou o amigo a ver com seus próprios olhos. Bem, Natanael topou. Quando Jesus o viu, disse:
- Eis um israelita verdadeiro, sem falsidade.
Em vez de sentir-se lisongeado, Natanael mandou na lata: “Tu me conhece de onde, rapá?”. Um raio cruzou o céu e partiu o insolente ao meio? Que nada… Jesus respondeu, com doçura e naturalidade:
- Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira.
Para Natanael, tudo então ficou claro: o Nazareno não era ThunderCat, mas tinha “visão além do alcance”; pra completar, ainda podia ler o que se passava na mente das pessoas. E foi então que ele professou a sua fé.
Viram? Jesus não se aborreceu com aquele homem por sua descrença inicial. Ele condenava sim, a falta de fé daqueles que, já tendo recebido mil sinais e razões para crer, ainda titubeavam ou duvidavam. Por isso, muitas vezes repreendeu seus próprios Apóstolos (Tomé não foi o único a levar puxão de orelha), e mais ainda os fariseus e incrédulos de mente tapada e coração endurecido.
A fé sólida nasce do discernimento, da reflexão sobre o sentido das coisas. É uma decisão lúcida, não um passo cego. Sim, a aventura de crer, assim como os esportes radicais, envolve assumir riscos (já falamos disso aqui), mas são riscos calculados, e não saltos no escuro.
Se saltamos no abismo, não é porque sejamos loucos imaginando que vamos flutuar; mas sim porque checamos mil vezes o nosso equipamento e nos certificamos do histórico e da confiabilidade dos nossos treinadores. Além disso, antes, fomos animados pelo testemunho de muita gente que saltou e se deu bem. Em suma: se somos católicos e cremos no que cremos, é porque temos boas razões para isso.
mente_abertaQuando falamos de RAZÃO, falamos da abertura da mente ao real, levando em conta todos os seus fatores. Não estamos falando, de modo nenhum, em acreditar somente no que é cientificamente comprovado (isso também é ser mentalmente estreito), mas em estar a atentos a toda a riqueza de sinais e evidências que a realidade oferece.
Crença religiosa despida de razão não é fé, é credulidade. O crédulo, no fundo, tem receio de que o que ele crê não seja verdade, e assim reprime seus questionamentos e toma uma postura hostil à reflexão, por medo de que seu mundinho desmorone.
Mas quem joga tudo de si no relacionamento com Jesus, nada teme. A Fé e a Razão nos conduzem à verdade, à certeza de que Ele é, de que Ele vive, de que Ele é tudo em todas as coisas. Isso é liberdade!
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