quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

João Paulo II aos jovens: não tenham medo de falar de Cristo!


João Paulo II aos jovens: não tenham medo de falar de Cristo!

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Trecho do Discurso do Papa João Paulo II, na Vigília de oração com os jovens espanhóis.
Madrid, 3 de maio de 2003
Queridos jovens, ide com confiança ao encontro de Jesus, e, como os novos santos, não tenhais medo de falar d’Ele! Porque Cristo é a resposta verdadeira para todas as perguntas sobre o homem e sobre o seu destino. É preciso que vós, jovens, vos convertais em apóstolos dos vossos coetâneos [contemporâneos]. Sei muito bem que isto não é fácil. Muitas vezes tereis a tentação de dizer como o profeta Jeremias: “Oh! Senhor, eu não sei exprimir-me, sou um jovem” (Jer 1, 6). Não desanimeis, porque não estais sozinhos: o Senhor nunca deixará de vos acompanhar, com a sua graça e com o dom do seu Espírito.
Esta presença fiel do Senhor torna-vos capazes de assumir o compromisso da nova evangelização, para a qual estão chamados todos os filhos da Igreja. É uma tarefa de todos. Nela os leigos têm um papel de protagonistas, especialmente os esposos e as famílias cristãs; sem dúvida, a evangelização exige hoje com urgência sacerdotes e pessoas consagradas. Eis a razão pela qual desejo dizer a cada um de vós, jovens: se sentis a chamada de Deus que vos diz: “Segue-me!” (Mc 2, 14; Lc 5, 27), não a sufoqueis. Sede generosos, respondei como Maria oferecendo a Deus o sim alegre das vossas pessoas e da vossa vida.
Pope John Paul II in Poland
João Paulo II em sua primeira visita à Polônia após a sua eleição ao Trono de Pedro, em 1978.
Dou-vos o meu testemunho: eu fui ordenado quando tinha 26 anos. Desde então se passaram 56.
Então, quantos anos tem o Papa? Quase 83! Um jovem de 83 anos. Quando olho para trás e recordo estes anos da minha vida, posso garantir-vos que vale a pena dedicar-se à causa de Cristo e, por amor d’Ele, consagrar-se ao serviço do homem. Vale a pena dar a vida pelo Evangelho e pelos irmãos! Quantas horas faltam para a meia-noite? Três horas. Só três horas para a meia-noite e depois chega a manhã.
Ao concluir as minhas palavras desejo invocar Maria, a estrela luminosa que anuncia o alvorecer do Sol que nasce do Alto, Jesus Cristo:
Salve, Maria, cheia de graça!

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Padre Paulo Ricardo Após ouvir a saudação do Decano do Colégio Cardinalício, Bento XVI tomou a palavra para se despedir dos Cardeais.



Após ouvir a saudação do Decano do Colégio Cardinalício, Bento XVI tomou a palavra para se despedir dos Cardeais.
Assim como o Card. Sodano, o Papa também citou a experiência dos discípulos de Emaús, afirmando que também para ele foi uma alegria caminhar em companhia dos cardeais nesses anos na luz da presença do Senhor ressuscitado.

Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotavam a Praça S. Pedro, a solidariedade e o conselho do Colégio foram de grande ajuda no seu ministério. “Nesses oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiosa no caminho da Igreja, junto a momentos em que algumas nuvens se adensaram no céu. Buscamos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total. Doamos a esperança que nos vem de Cristo e que é a única capaz de iluminar o caminho. Juntos, podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão. Juntos, podemos pedir para que nos ajude a crescer ainda nessa unidade profunda, de modo que o Colégio dos Cardeais seja como uma orquestra, onde as diversidades, expressão da Igreja universal, concorrem à superior e concorde harmonia.

Aos Cardeais, o Papa expressou “um pensamento simples” sobre a Igreja e sobre o seu mistério, que constitui para todos nós a razão e a paixão da vida, escrita por Romano Guardini. Ou seja, de que a Igreja não é uma instituição excogitada, mas uma realidade viva. Ela vive do decorrer do tempo, transformando-se, mas em sua natureza permanece sempre a mesma. O seu coração é Cristo.
“Parece que esta foi a nossa experiência ontem na Praça. Ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo, e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, apesar de não ser do mundo. É de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e nós o vimos ontem. Por isso é verdadeira e eloquente a outra famosa expressão de Guardini:
A Igreja se desperta no ânimo das pessoas. A Igreja vive, cresce e se desperta nos ânimos que, como a Virgem Maria, acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo. Oferecem a Deus a própria carne e o próprio trabalho em sua pobreza e humildade, se tornando capazes de gerar Cristo hoje no mundo.

Através da Igreja, disse o Papa, o mistério da encarnação permanece presente sempre. E fez um apelo aos Cardeais:
“Permaneçamos unidos, queridos irmãos, neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana, e assim serviremos a Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria que ninguém pode nos tirar. Antes de saudá-los pessoalmente, desejo dizer que continuarei próximo com a oração, especialmente nos próximos dias, para que sejais plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre quem Ele quer. E entre vós, entre o Colégio dos cardeais, está também o futuro Papa, ao qual já hoje prometo a minha incondicionada reverência e obediência.” -

fonte: http://www.news.va/pt/news/bento-xvi-garante-reverencia-e-obediencia-ao-novo
Após ouvir a saudação do Decano do Colégio Cardinalício, Bento XVI tomou a palavra para se despedir dos Cardeais.
Assim como o Card. Sodano, o Papa também citou a experiência dos discípulos de Emaús, afirmando que também para ele foi uma alegria caminhar em companhia dos cardeais nesses anos na luz da presença do Senhor ressuscitado. 

Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotavam a Praça S. Pedro, a solidariedade e o conselho do Colégio foram de grande ajuda no seu ministério. “Nesses oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiosa no caminho da Igreja, junto a momentos em que algumas nuvens se adensaram no céu. Buscamos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total. Doamos a esperança que nos vem de Cristo e que é a única capaz de iluminar o caminho. Juntos, podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão. Juntos, podemos pedir para que nos ajude a crescer ainda nessa unidade profunda, de modo que o Colégio dos Cardeais seja como uma orquestra, onde as diversidades, expressão da Igreja universal, concorrem à superior e concorde harmonia. 

Aos Cardeais, o Papa expressou “um pensamento simples” sobre a Igreja e sobre o seu mistério, que constitui para todos nós a razão e a paixão da vida, escrita por Romano Guardini. Ou seja, de que a Igreja não é uma instituição excogitada, mas uma realidade viva. Ela vive do decorrer do tempo, transformando-se, mas em sua natureza permanece sempre a mesma. O seu coração é Cristo. 
“Parece que esta foi a nossa experiência ontem na Praça. Ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo, e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, apesar de não ser do mundo. É de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e nós o vimos ontem. Por isso é verdadeira e eloquente a outra famosa expressão de Guardini: 
A Igreja se desperta no ânimo das pessoas. A Igreja vive, cresce e se desperta nos ânimos que, como a Virgem Maria, acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo. Oferecem a Deus a própria carne e o próprio trabalho em sua pobreza e humildade, se tornando capazes de gerar Cristo hoje no mundo. 

Através da Igreja, disse o Papa, o mistério da encarnação permanece presente sempre. E fez um apelo aos Cardeais:
“Permaneçamos unidos, queridos irmãos, neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana, e assim serviremos a Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria que ninguém pode nos tirar. Antes de saudá-los pessoalmente, desejo dizer que continuarei próximo com a oração, especialmente nos próximos dias, para que sejais plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre quem Ele quer. E entre vós, entre o Colégio dos cardeais, está também o futuro Papa, ao qual já hoje prometo a minha incondicionada reverência e obediência.” - 

fonte: http://www.news.va/pt/news/bento-xvi-garante-reverencia-e-obediencia-ao-novo
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lutero ii.....Lutero, um herege sagaz. Leão X, um Papa fraco. O resultado… você já sabe


Lutero, um herege sagaz. Leão X, um Papa fraco. O resultado… você já sabe

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E aí meu povo,
Voltamos para continuar a vida e obra do monge maluco. No post anterior desta série, prometemos contar como Sua Santidade, Leão X, reagiu às peripécias do Sr. Luther, ou seja, às 95 teses contra a Igreja Católica. É o que faremos hoje, mas, antes, apresentaremos um breve contexto histórico.
A situação da “Alemanha” na época
Só pra lembrar, esta história toda se passa no século XVI. Então, notem que, sempre que nos referimos à Alemanha, estamos falando de um Estado que passaria a existir apenas a partir do século XIX.  Na época do Lutero, o Sacro Império Romano-Germânico era um balaio de gatos que não tinha mais o prestígio da época de Carlos Magno, sendo sobrepujado há muito por outras nações como Portugal, Espanha, França e Holanda.
A grandeza perdida, dos tempos de Carlos Magno, Oto I e Frederico Barbaroxa, construída sob os ombros da Santa Igreja, sempre causou tanto nos governantes quanto no “povo alemão” um saudosismo que, de patético e melancólico, chegou a megalômano e psicótico, passando por ateu cientificista. Este processo, que durou 500 anos, foi iniciado em Lutero, passando por Bismarck e culminou com um nanico de bigode escroto da Bavária austríaca – Hitler.
É importante salientar isso agora, porque o espírito que animava os derrotistas alemães foi o combustível ideal disponível para o safado inflamar o Sacro Império Romano-Germânico contra a Santa Igreja.
Devidamente embebidos no espírito da época, vamos agora falar de Sua Santidade.
Quem foi o Papa Leão X?
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ACHO QUE ESSE LEÃO É GATA...
Leão X foi um papa interessante, e um cara estranho também. De origem, era um Médici podre de rico. Pesam sobre ele acusações de fazer um um papa infame como Sérgio III corar, mas, ao menos, Leão era mais discreto que o Papa Alexandre VI, por exemplo. Era por uns considerado homossexual (chegado num guardinha suíço), por outros, um devasso.
Como eu sou um sujeito muito influenciado por histórias em quadrinhos da Marvel e da DC, digo que no futuro continuaremos com essas história em artigos posteriores da nossa série da História dos Papas. Mas hoje falaremos apenas dos aspectos que envolvem o grande cisma, a separação entre católicos e luteranos.
A reação do Papa às 95 teses
Em 30 de maio de 1517, Lutero enviou uma explicação de suas teses a Leão X. Em 7 de agosto, o papa chamou-o na chincha, err…, quer dizer, a Roma.
Temendo por sua porca vida (como sempre, pois era um poltrão), Lutero moveu mundos de fundos para tirar o dele da seringa; conseguiu a ajuda eleitor da Saxônia Frederico III, o Sábio, que usou sua influência para dar uma amenizada na situação. Lutero conseguiu manter seus glúteos na saxônia, encontrando a comitiva papal em Augsburgo. Lá, certamente, se sentia mais confiante e menos pressionado do que no território do Papa.
A crentaida e a Tia Teteca adoooram colocar esse encontro como se fosse um acontecimento que “sacudiu Paris em chamas”. Não, não sacudiu, para falar a verdade, nosso amigo padreco era visto como um grande merdão por Sua Santidade. Pode ter sido um erro de avaliação? Sim, pode, mas o que esperar da cabeça do povo que, a partir de Lutero, nos legaria Melachton, Kant, Marx, Hitler e o jeito de jogar futebol alemão?
À frente da comitiva vinha o legado papal Thomas Caetano, que foi um dos últimos grandes nomes da escolástica. De tanto escutar as besterias de Lutero, perdeu a paciência: chamou-o de animal e ameaçou excomungá-lo. Mais uma vez, homem de brios e de coragem que era, Lutero encheu o peito, liberou o ar acumulado por onde bem entendeu e correu como um frango – mas um frango muito do corajoso diga-se de passagem – para Wittenberg.
Encastelado e muito macho, Lutero passou um ano inteiro escrevendo coisas inteligentíssimas como, por exemplo, uma carta em que intitula a Igreja de “Sinagoga de Satã”, o que aliás explica muuuuito do anti-semitismo/nazismo inconsciente de muitas das igrejinhas protestantes (enquanto isso, aguardamos os comentários furiosos de protestantes/ateus, falando que Hitler era católico, Bento XVI era da juventude nazista e por aí vai. Para vocês…. minha mão).
Voltamos ao que interessa: Sua Santidade. De saco cheio, em junho de 1520, Leão X promulgou a bula adicional Exsurge Domine, que condena 41 das proposições extraídas dos ensinos de Lutero (as 95 teses). Declarou que o sujeito tinha um prazo de 70 dias pra se retratar e, em seguida, deu ao teólogo Johann Eck – um dos mais notáveis da época – a tarefa de debater com o herege (falaremos mais sobre este desastroso debate em outro artigo).
lutero_queima_bula_2Pouco depois, Leão formalmente excomungou Lutero, em 3 de janeiro de 1521. Como resposta, o excomungado queimou a bula da sua excomunhão em praça pública.
Leão foi o último Papa a ver a cristandade ocidental unida. Foi um Papa fraco, incapaz de deter Lutero, um herege sagaz e eloquente. Ele subestimou o potencial que o monge perturbado poderia causar à Igreja, e pouco (ou nada) fez no campo teológico para deter o avanço das suas ideias, que se espalharam pela Europa como um câncer.
O legado de Leão X para história deve-se a esse erro de avaliação terrível? Pode ser. Mas é bom notar que, além do monge sem-vergonha de Wittenberg, em outros cantos da Europa a semente do mal já germinava. Temos na Inglaterra o bilau nervoso de Henrique VIII. E, na Dinamarca, já a partir de 1520, o Rei Christian II aprontava das suas: ele convidou para aquele país um bando de luteranos desocupados, que lhe deram as bases para fundar sua igreja estatal (coisa, aliás, que virou moda em toda a Escandinávia).
A seguir, veremos as consequências da Morte do Imperador Maximiliano no processo da Reforma.
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Lutero e suas 95 teses. Um Che Guevara de batina?


Lutero e suas 95 teses. Um Che Guevara de batina?

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“Quando vou para cama, o diabo está sempre me aguardando.”
Martinho Lutero (em um dia bom)
E aí meus amigos, continuemos nossa viagem pela vida e obra do monge maluco.
O evento considerado como pedra fundamental do protestantismo foi a fixação no pórtico da Igreja do Castelo de Wittenberg das 95 teses criticando a ortodoxia católica. Esse ato de rebeldia, segundo a Tia Teteca, teve como motivador a venda de indulgências realizadas em território chucrute; os “comerciantes” seriam monges dominicanos liderados pelo frade dominicano Johann Tetzel, sob ordens do famigerado Cardeal Arcebispo de Magdenburgo – Albrecht von Hohenzollern.
Já escrevi isso em outro post, e repito aqui: historiador marxista e pilantra (pleonasmo) sempre reduz tudo a grana. Então, neste caso, o argumento financeiro é o seguinte: o Cardeal Albrecht, para “pagar” um dos muitos títulos que conseguira da Santa Sé, teria adquirido junto à Casa Fugger (banqueiros famosos na Alemanha, espécie de família Salles que comia strudel) a quantia de 10.000 mil ducados; uma grana preta.  E, para quitar a dívida, nosso amigo cardeal estaria fazendo esse comércio nefasto.
O frei Tetzel, como bom puxa-saco, fez a vontade do Cardeal Albrecht. A Tetzel é atribuído um discurso, pra dizer o mínimo bizarro, realizado na Praça de Juterberg:
“Considerai que todos os  que se arrependem e confessam, e que tiverem contribuído, receberão a remissão total de todos os seus pecados . Ouvi as vozes de vossos caros parentes e amigos mortos dizendo: ‘tende piedade de nós, tende piedade de nós, estamos num horrível suplício, do qual podeis nos libertar por uma ninharia. Lembrai-vos de que sois capazes de redimi-los, pois tão logo a moeda no cofre cai tilintando, a alma no purgatório sai voando.’ Não ireis, então, por alguns trocados, receber estas bulas de indulgências, através das quais sereis capazes de guiar uma alma imortal e Divina para a Pátria do Paraíso?”





Alguns camelôs da Central do Brasil (Rio de Janeiro), no trajeto Central-Japeri, soam menos fajutos.
Ao que parece, Tetzel, além de pilantra, era muito burro, pois, sendo religioso dominicano, não sabia exatamente o que eram indulgências. Muitos dos nossos leitores desconhecem exatamente o que sejam indulgências e como funciona a sua concessão. Por conta disso, fazemos agora uma breve esclarecimento.
O que é a indulgência?
Nada mais é que o perdão, DADO POR DEUS,  das penas temporais devidas pelo pecados que cometemos. Vejam que para que a indulgência seja concedida é necessário que o pecado tenha sido CONFESSADO E PERDOADO. Como falei, esse perdão é DIVINO; DESSARTE, NÃO PODE SER VENDIDO NEM COMPRADO. Deus não está nem aí pra contas a pagar do cardeal Albrecht.
Todo pecado carece, mesmo após a confissão e o perdão ministrado, da penitência. É na penitência que provamos nosso arrependimento e nossa disposição em não mais pecar. Deus no perdoou através da confissão mas, pelo bem da justiça e reparação do dano causado, devemos pagar a penitência. Diante disso, a conclusão óbvia que chegamos é que o monge Tetzel e Cardeal Albrecht, além de serem dois sem-noção, são simoníacos (comerciantes de bens espirituais).
Quem quiser saber mais sobre indulgências, acesse o nosso post “Perdão X Indulgência – Você sabe a diferença?“.
Afixação das 95 teses, a lenda
crente_2Voltemos agora a Lutero. Vocês lembram que eu falei que Lutero havia, tal qual “The King Of The Black Cocada”, afixado suas heresias no pórtico da Igreja de Wittenberg? Pois bem, esse tipo de atitude é bem ao feitio do fraudulento historiador Janus. Esta versão dos fatos consta na sua obra – ainda mais fraudulenta do que ele – intitulada “O Papa e o Concílio”. Este livro foi traduzido para o português e prefaciado pelo Maitre à Penser Rui Barbosa (possuo um exemplar), que depois veio a se arrepender deste vacilo. Barbosão, quando tomou tino e caiu na real, renegou a obra.
Bem, afixar as 95 teses no pórtico do templo é uma atitude que, para o leigo, o desavisado ou o burro panfletário, demonstra que Lutero era um cabra macho, macho o suficiente para afrontar a Igreja e dar tapa na cara de Satanás. Mas será que este ato realmente aconteceu?
Afixação das 95 teses, a verdade
Historiadores modernos e não panfletários, como Gottfried Fritzer (“O que Lutero Realmente Disse?” – Ed. Civilização Brasileira, 1971. Para variar, fora de catálogo), Erwin Iserloh e Klemens Houselmann afirmam que essa afronta nunca aconteceu e que, além da fraca obra de Janus, a origem dessa lenda seria um relato de um criado puxa-saco do próprio Martinho Lutero.
Na verdade, suas 95 teses teriam sido apresentadas para discussão segundo a tradição universitária. Lutero era boçal, pedante e safado, mas era professor de uma universidade. A tese desses historiadores, que mostra um tipo com reflexões intelectuais e teológicas a serem discutidas é mais condizente com o contexto social, religioso e acadêmico no qual Lutero estaria inserido. Vamos refletir: seria mais lógico, realmente, que ele seguisse os trâmites estabelecidos ou a imagem construída por Janus e seus asseclas, que o transformaram num Che Guevara de batina?
E o Papa nesta história?
Até agora falei das figuras fuleiras (hoje estou realmente pleonástico) de Lutero, Tetzel e Albrecht, mas ainda não escrevi uma única palavra sobre o que o Papa da época – Leão X – falou a respeito falou sobre a questão da venda de indulgências, nem esclareci qual foi o seu papel nesse circo de horrores. Estou contextualizando e apresentando os fatos históricos, antes de mais nada.
A Resposta – a verdadeira, e não a versão que a “Tia Teteca de Saião” ensina na escola dominical aos seus crentinhos – estará na nossa próxima postagem desta série. Também falaremos do Papa mecenas que foi o último a ver a cristandade una na Europa Ocidental.
Fiquem com Deus e perseverem na fé.
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Lutero – O Monge Satânico de Eisleben. Infância e Juventude Atormentadas


Lutero – O Monge Satânico de Eisleben. Infância e Juventude Atormentadas

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Salve meu povo, soem as trombetas!!!!!
Estou preparando esse material há algum tempo. Atendendo a pedidos, vamos falar um bocado da vida e obra de Martinho Lutero, o monge pirado que, segundo uma visão da beata Irmã Maria Serafina Micheli, arde no Inferno sob pena crudelíssima, acossado por mil demônios (que isso, Irmã! Assim a senhora vai escandalizar os católicos da “Teologia da Fofura”. Segundo eles, não podemos usar palavras duras nem mesmo para denunciar os piores hereges).
Aqui você também poderá entender o porquê de os protestantes serem tão materialistas, ególatras e prepotentes. Estabeleceremos a conexão entre a personalidade e a mentalidade do criador com as das suas criaturas. Este é o primeiro de uma série de posts, que vocês poderão acompanhar ao longo das próximas semanas.
Percebo que, como católicos, de uma forma geral, nosso conhecimento sobre o protestantismo é restrito à sua aparência exterior. A ideia comum feita desses cristãos desencaminhados responde a certos estereótipos que são impenetráveis a uma análise mais profunda pelo católico comum, que muitas vezes fica indefeso perante seus ataques histriônicos. Pois bem, aqueles que estão cansados de ouvir gente sem eira nem beira chamar a Santa Igreja de Babilônia e não aguentam mais ser taxados de idólatras, sigam-me!
Uma infância atormentada
menino_medoLutero nasceu em 10 de novembro de 1483, na cidade alemã de Eisleben, na Turíngia. Era filho de um minerador. Seus relatos autobiográficos informam que era corriqueiro que seus pais o cobrissem de porrada (e ainda assim, ele não aprendeu nada… Realmente, porrada não educa).
Sua infância foi assolada pela presença quase constante da imagem do capeta, o que lhe rendeu uma série de “causos”, que contava durante suas farras na vida adulta. De tanto pensar no diabo, passou a vê-lo, desde cedo, em toda a parte. Qualquer lugar escuro era morada do senhor das trevas. Resultado dos maus tratos dos pais? Cartas para O Catequista.
Formação escolar e universitária de uma mente dodói
Em 1497, Lutero foi enviado à Escola dos Irmãos da Vida Comum, uma ordem religiosa que atuava em Magdeburgo. Eram monges pobres que viviam de forma austera. Por falta de grana, o poltrão foi mandado de volta em menos de um ano.  Dali, foi mandado para Eisenach, terra natal de Bach, também na Turíngia. Como era um duro, para arrumar um troco, virou cantor de rua (se fosse no Rio de janeiro de hoje, seria malabarista de sinal). Apiedou-se dele uma senhora rica, uma burguesa chamada Úrsula Cotta.
Luterão Father queria que seu pimpolho se formasse em direito, mas Lutero preferiu a filosofia e, a partir desta, seguiu caminho em direção à teologia. Matriculou-se na faculdade de Erfurt. Lutero era dedicado aos estudos (podemos constatar a posteriori que não aprendeu po**a nenhuma, mas que era dedicado, era), e das sete da manhã às cinco da tarde ficava enfiado em livros.  Era bem versado nas obras de Epicuro (claaaro!!!), Sócrates, Platão e, principalmente, Santo Agostinho.
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Jesus terrível, na visão de Lutero
Curiosamente, Lutero, que adorava contar histórias do demo, morria de medo de Jesus Cristo. Via o Senhor, palavras dele mesmo, como “um juiz irado e severo”. Vai entender essa cabecinha lindja!!!!
Vejam que a pilantragem está nos genes de muitos biógrafos do protestantismo. Eles contam, por exemplo, que Lutero só começou a ler a Bíblia com 20 anos de idade, porque a malvada Igreja Católica não deixava o povo ter acesso aos textos sagrados. What?! Como o cara estuda Epicuro, Aristóteles e Platão e nunca leu a Bíblia, o livro mais lido daquela e de qualquer outra época posterior? E pior, ainda dizem que Lutero se apegou com “todas as suas forças” a um exemplar do livro sagrado, o qual estava acorrentado (!!!) à prateleira da biblioteca da Universidade.  Só acredita nisso quem é muito mané!
Já durante a sua vida universitária, fica evidente que Lutero tinha “pobreminha”. Primeiro, observamos algo recorrente na sua vida: chegou a tentar o suicídio. Tá, um dia ele conseguiu, estraguei a surpresa do final. Mas contei o milagre, não revelei o santo (os detalhes do suicídio nós guardaremos para o final). Voltando à faculdade, durante um passeio, num assomo de desespero, Lutero pegou sua espada e a enfiou no… pulso. Um médico piedoso salvou sua vida.
Lutero teve os seus momentos SDR (“Séquiço”, “Dorgas” e “Roquirrou”), que eram intercalados como repentinos momentos de introspecção. Bipolaridade perde!
A entrada no convento
Enfermo, vítima de uma febre e afetado profundamente pela instabilidade mental, o jovem Lutero escolheu retirar-se para um mosteiro dos agostinianos.  Essa é a versão apresentada por Hoefer, biógrafo “oficial” de Lutero.
Há outra versão diferente: enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou apavorado pelo estrondo de um raio, o que o levou a um ataque de pânico. No seu cagaço, prometeu a Santana que, se ela salvasse sua vida, ele seria monge.  Essa história é engraçada, mas acho que a versão de Hoefer é mais crível. Por outro lado, olha o histórico dodói dessa criança, e isso só até os 23 anos de idade.  Também é interessante o quanto essa conversinha última lembra a conversão de São Paulo. Pretensioso o rapaz, não?
No mosteiro da Ordem dos Eremitas Agostinianos de Erfurt, Lutero queria virar um novo Santo Antão. De tanto jejuar, vivia doente e desmaiava sempre.  Nem se confessor teve paciência com ele:
- Tu és louco. Deus não está descontente contigo, és tu que estás descontente com ele.
*****
Iniciamos assim nossa grande jornada de esclarecimento de quem é o monge apóstata que levou tantas boas almas ao erro.
No próximo post desta série, veremos de onde o monge maluco tirou a ideia Sola Fide (salvação somente pela fé, sem necessidade de obras). Esta doutrina é uma das bases do protestantismo.
Fiquem com Deus.
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O impacto de Roma sobre Lutero e Santa Teresinha – quanta diferença!


O impacto de Roma sobre Lutero e Santa Teresinha – quanta diferença!

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E aí meu povo,
Continuamos nossa dissecação anatômico-coprológica sobre Martinho Lutero. Seus esforços nos estudos renderam-lhe o título de Bacharel em História Sagrada (historiador? Isso explica muita coisa…). Aos 25 anos, foi convidado para lecionar em Wittenberg. Esta foi a impressão que o monge maluco teve da cidade:
“É grande a pobreza na cidade e a preguiça ainda maior. Ali não é possível convencer um pobre de que ele deve trabalhar. Prefere pedir esmolas.”
(Fonte: JORGE, Fernando. Lutero e a Igreja do Pecado)


Pelo jeito, o nosso bom Lutero já tinha esquecido seus tempos de cantor de rua…. ao menos na hora de emitir seus profundos julgamentos. Mas, de sua carreira artística, ficou sua habilidade de apresentar-se para as platéias. Uma coisa não podemos deixar de falar: o bocudo tinha lábia. Fala-se que a sua voz era sensacional e a sua oratória irretocável.
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O monge Lutero, ainda jovem.
Sua curiosidade intelectual levou-o de volta a Erfurt para estudar grego, a fim de ler os originais do Santo Evangelho. Lutero é um ponto de ruptura com a tradição escolástica (devia ser profunda demais para ele). Como diria Caê: o relacionamento entre fé e razão fundiu a cabeça de Lulu.
Vejo aqui outro desvirtuamento muito comum ao protestantismo herdado de Lutero: protestantes, de uma forma geral, quando se deparam com conflitos entre fé e razão, piram na batatinha; xingam, babam e, geralmente, precisam tomar vacina. Protestante quer racionalizar tudo, mesmo sem ter uma base teológica e filosófica profunda que os permita isso. O que na prática, sem que o percebam, é tentar pôr Nosso Senhor Jesus Cristo dentro de um tubo de ensaio.
Quando o monge pirado foi a Roma, para resolver problemas internos da ordem agostiniana, parecia uma criança que ganhou uma viagem para Disney. Era o ano de 1510. Só que, aos olhos de Lutero, a Disney virou Bancoc. Não podemos perder de vista que, no século XVI (convenhamos, não só esse século, mas, pelo menos, os últimos 2 mil anos anteriores), Roma era um ímã… atraía tudo o que prestava, e o que não prestava também. Tinha muita coisa errada acontecendo na Cidade Eterna, é verdade, mas não podemos perder de vista o contexto em que isso acontecia.
Outro louco, o monge Savonarola, já alertava sobre a cupidez e hábitos dissolutos dos sacerdotes romanos. Realmente, nos séculos XV e XVI tivemos papas e colégios cardinalícios do calibre da rapaziada do século X (o período da pornocracia). Mas a crítica existia e partia, principalmente, de dentro da própria Igreja, que sempre foi vigilante e zelosa da necessidade de se preservar o legado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Surtiu muito efeito. Observem que, em termos de escândalos, os de hoje são gota no oceano comparados com os despautérios de outras épocas. Era realmente necessário repensar o modo de vida dos romanos, como o foi no século X. E isso de fato ocorreu.
Para Lutero, a decepção foi terrivel. Ele não conseguia ver na Cidade Eterna a presença viva da promessa de Cristo; percebia apenas os malefícios do magnetismo de Roma. Seu racionalismo terra-terra recusou-se a ver ali o lar de grandes homens de Deus no passado, como São Gregório Magno e São Nicolau. Ele enxergava somente a Roma de Tibério, Helioboros e Calígula. Concordo que rolavam grossas sacanagens, e gente barulhenta faz você xingar. Mas a chamar a casa da Noiva de “puttana”… Pera lá! Era papa nestes tempos Leão X.
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SANTA TERESINHA e sua irmã Celina, durante um passeio turístico, ajoelhadas na arena do Coliseu. Elas beijaram o solo e oraram para que suas vidas seguissem o exemplo dos mártires.
Que diferença do monge maluco para Santa Teresinha do Menino Jesus! Um abismo de lucidez e de caridade os separam. Aos 15 anos, a santa viajou para Roma com seu pai e sua irmã Celina, e nesta ocasião amargou também a sua dose de desilusão. Durante um mês, ela relata ter convivido com muitos “padres santos” de “sublime dignidade”, mas também entristeceu-se com a frouxidão moral e espiritual de alguns sacerdotes. Entretanto, em vez de esfriar o seu amor pela Igreja, isso aumentou ainda mais o seu desejo de entregar toda a vida para a santificação dos sacerdotes do Senhor, com orações e sacrifícios.

“Se padres santos (…) mostram em sua conduta que precisam extremamente de orações, o que dizer daqueles que são tíbios?”
“O que eu vinha fazer no Carmelo, declarei-o aos pés de Jesus-Hóstia, no exame que antecedeu minha profissão: ‘Vim para salvar as almas e sobretudo, rezar pelos sacerdotes’.”
(Santa Teresinha do Menino Jesus. História de uma alma)



De modo muito diverso da santa das rosas, Lutero não desejava lutar pela santificação dos membros da Igreja. Seu pensar occaniano entrou em ação mais uma vez. Salvem-se quem puder! O monge maluco buscou a solução mais fácil: tacou a navalha na cristandade. Esse processo não foi agudo como muitos pensam, mas gradativo, e culminou com os fatos ocorridos em Wittenberg tempos depois. A semente do mal estava germinando.
Estamos caminhando nessa direção e apresentando as cartas do jogo aos nossos leitores. Queremos, na medida do possível, levá-los conosco nesta viagem. Esperamos estar conseguindo.
A seguir, a questão das indulgências. Fiquem com Deus.
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