segunda-feira, 30 de abril de 2012

Após sete anos, aparece o segredo do Papa Ratzinger


Após sete anos, aparece o segredo do Papa Ratzinger

Bento XVI será lembrado mais pelas homilias do que pelas encíclicas. E por seus gestos audazes, na contracorrente. Como quando em Madri, diante de um milhão de jovens e exatamente no meio de um violento temporal...
A reportagem é de Sandro Magister e está publicada no sítio Chiesa, 27-04-2012. A tradução é do Cepat.
Ninguém o disse, uma semana atrás, no dilúvio de homenagens que marcou o sétimo aniversário de Bento XVI como Papa. Mas o elemento que mais revelou o sentido profundo de seu pontificado foi um temporal.
Era uma noite tórrida em Madri, em agosto de 2011. Diante do Papa Bento, na esplanada, um milhão de jovens, com uma idade média de 22 anos, desconhecidos. Subitamente, um dilúvio de água, relâmpagos e vento se abatem sobre todos, sem nenhuma possibilidade de se cobrir. Voam pelo ar instrumentos do som, cartazes, e o próprio Papa se molha. Mas ele permanece no lugar, frente ao explosivo regozijo dos jovens pelo inesperado espetáculo não programado que o céu brinda.
Quando a chuva para, o Papa põe de lado o discurso escrito e dirige aos jovens poucas palavras. Convida a olhar não para ele, mas para esse Jesus que está presente na hóstia consagrada sobre o altar. Ajoelha-se em silêncio, em atitude de adoração. O mesmo ocorre na esplanada: todos se ajoelham sobre a terra molhada, em meio a um silêncio absoluto, durante cerca de meia hora.
Essa não foi a primeira vez que Bento XVI se ajoelha diante da hóstia sagrada, em prolongado silêncio. Já o havia feito em Colônia, em 2005, pouco depois de ter sido elevado ao papado, ali também na vigília noturna com milhares de jovens, diante do assombro de todos.
Ao avaliar este papado, poucos compreenderam a audácia destes gestos que vão na contracorrente. Mas quando Bento XVI os realiza e os explica, o faz com a atitude agradável de quem não quer inventar nada próprio, mas simplesmente ir ao coração da aventura humana e do mistério cristão.
Também Rafael, há cinco séculos, nesse sublime fresco das Salas Vaticanas que é a “Disputa do Santíssimo Sacramento”, colocou a hóstia consagrada no centro de tudo, sobre o altar de uma grandiosa liturgia cósmica que vê interagir o Pai, o Filho, o Espírito Santo, a Igreja terrena e celestial, o tempo e o eterno.
Quando Bento XVI convocou seu primeiro sínodo, em 2005, o dedicou justamente à Eucaristia, e quis que se projetasse durante todo o encontro esse fresco de Rafael, em uma tela coloca diante dos bispos ali congregados de todo o mundo.
De Joseph Ratzinger se discutiram as doutas exposições na Universidade de Regensburg e no Colégio dos Bernardinos de Paris, no Westminter Hall de Londres e no Parlamento Federal de Berlim. Mas um dia se descobrirá que o maior distintivo deste Papa são as homilias, como foi o caso antes dele de São Leão Magno, o Papa que deteve a invasão de Átila.
As homilias são as palavras de Bento XVI sobre as quais menos se fala. Ele as pronuncia durante a Missa, perigosamente próximo, então, desse Jesus que está vivo e presente nos sinais do pão e do vinho, desse Jesus que – ele prega incansavelmente – é o mesmo que explicou as Sagradas Escrituras aos peregrinos de Emaús, de forma tão parecida aos homens extraviados de hoje, e que se revelou a eles ao partir o pão, como no quadro pintado porCaravaggio que está na National Gallery de Londres, e que desaparece no momento em que é reconhecido, porque a fé é assim, não é nunca visão geometricamente percebida, mas um jogo inesgotável de liberdade e de graça.
À fé nula ou escassa de tantos homens de hoje, nas Missas banalmente reduzidas a abraços de paz e assembleias solidárias, o Papa Bento XVI oferece a fé substancial em um Deus que se faz realmente próximo, que ama e perdoa, que se faz tocar e comer.
Esta era também a fé dos primeiros cristãos. Bento XVI o recordou no Angelus de dois [três] domingos atrás. Disse que a decisão de fazer do domingo o “Dia do Senhor” foi um gesto de audácia revolucionária, precisamente porque extraordinário e comovedor foi o acontecimento que o originou: a ressurreição de Jesus e suas aparições posteriores, em sua condição de ressuscitado, entre os discípulos a cada “primeiro dia da semana”, ou seja, no dia do começo da criação.
O pão terrenal que se converte em comunhão com Deus, disse o Papa em uma homilia, “quer ser o começo da transformação do mundo, para que se converta em um mundo de ressurreição, em um mundo de Deus”.

domingo, 29 de abril de 2012

Homilia da Missa do Crisma – Dom Fernando Saburido


Homilia da Missa do Crisma – Dom Fernando Saburido

MISSA DO CRISMA
5ª Feira Santa de 2012
Catedral


(Leituras: Is 61,1-3ª.6ª.8b-9 – Ap 1,5-8 – Lc 4,16-21)

“Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele” (Lc 4,20c)

Caríssimos irmãos e irmãs:

Fixar os olhos na Pessoa e na Palavra de Jesus Cristo é o convite que recebemos nesta manhã de Quinta-feira Santa. Olhamos para Jesus com admiração e encantamento, pela sabedoria e convicção de suas palavras e testemunho. Um ensinamento feito com autoridade, sem autoritarismo. Nele fixamos nosso olhar, desejosos de beber na fonte e caminhar ao seu lado, na condição de fiéis e destemidos seguidores.

Celebramos hoje a Instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial. Juntamente com significativa representação do povo de Deus, povo este que caminha conosco em nossas paróquias e comunidades, queremos viver esse momento de unidade eclesial. Com alegria, renovaremos diante dele, nosso compromisso para o serviço e receberemos nossa porção dos santos óleos, nessa Missa do Crisma. Afinal, estamos reunidos como Igreja Particular de Olinda e Recife, desejosos de caminhar na fé, na esperança e no amor evangélico que nos confirmam como autênticos irmãos e irmãs.

Queremos acolher com alegria, todos os novos presbíteros do clero arquidiocesano ou da vida religiosa e consagrada, que pela primeira vez renovam conosco as promessas feitas na ordenação sacerdotal, assim como os novos diáconos casados, membros do nosso presbitério. Solidarizamo-nos com aqueles que se encontram enfermos, impossibilitados de estar aqui, porém, unidos conosco pela força da oração. Queremos ainda manifestar nossa saudade e gratidão ao querido irmão padre João Oliveira Novais que no segundo semestre do ano passado partiu para a casa do Pai. Proveniente de Portugal, durante quarenta anos, aproximadamente, esteve a serviço desta Igreja Particular, a maior parte do tempo na Paróquia de Nossa Senhora das Graças.

Iniciamos o Tempo da Quaresma motivados pela palavra dirigida à Igreja que está em Éfeso, na Ásia Menor, onde o autor do Apocalipse reconhece sua boa conduta, esforço e perseverança, porém, confessa ter uma coisa contra. Assim lemos no texto: “você abandonou o seu primeiro amor. Repare onde você caiu. Converta-se e retome o caminho de antes. Caso contrário, se não se converter, eu chego e arranco da posição em que está o candelabro que você tem (Ap 2,4-5). Somos amados pelo Senhor desde o ventre materno e no batismo recebemos o dom da fé e, como tal, inseridos oficialmente na Igreja. Mais adiante, fomos chamados para o ministério ordenado, apesar de nossa indignidade. Na condição de presbíteros e diáconos temos consciência de nossa responsabilidade e dos desafios que se colocam à nossa frente, mas confiamos naquele que nos convocou e enviou. Os quarenta dias de retiro quaresmal que concluímos, certamente nos ajudarão a voltar ao “primeiro amor”, fazendo-nos reviver com entusiasmo as primícias do nosso ministério. É necessário perseverar no caminho, apoiados especialmente na espiritualidade e na fraternidade. O decreto conciliar Presbyterorum Ordinis assim nos ensina: Os presbíteros não poderiam ser ministros de Cristo, se não fossem testemunhas e dispenseiros da outra vida que não a terrena, mas nem sequer poderiam servir aos homens, caso se mantivessem alheios a sua existência e condição de vida” (PO,3). Somos enviados, portanto, para sermos “testemunhas e dispenseiros” da graça de Deus que nos foi confiada. Nesta condição, devemos ser luz e sal procurando iluminar e dar sabor à vida dos que perderam a esperança. Como presbíteros e diáconos esforcemo-nos por não negligenciar nossa vida de oração e o entusiasmo pastoral. A contemplação e a ação caminham paralelas e nos dão o suporte para fazer o bem a todos/as que Deus nos confia, especialmente os mais pobres e necessitados.

O Concílio Vaticano II, cujo cinquentenário do seu início estamos para celebrar, nos possibilitará explorar toda riqueza contida nos seus documentos que, cinco décadas depois, não foram ainda suficientemente assimilados. Na homilia pronunciada em sua primeira Missa como papa, Bento XVI afirmou: “Os documentos conciliares não perderam a atualidade; os seus ensinamentos revelam-se particularmente pertinentes em relação às novas questões da Igreja e da atual sociedade globalizada”. As “novas questões” a que se refere o Santo Padre são realidades desafiadoras do mundo secularizado em que vivemos. Elas giram, especialmente, em torno de ideologias contrárias aos ensinamentos do Evangelho e dão espaço para o crescimento do individualismo que contradiz a partilha presente na vida da Igreja, desde os primeiros cristãos (cf Atos 4,32-37). O saudoso cardeal conciliar Aloísio Lorscheider em artigo publicado pela Paulus no livro “Vaticano II – 40 anos depois” escreve: “Foi o Concílio que não veio para definir ou condenar, mas para servir e salvar. (…) Quis ser um fermento evangélico inserido no coração do mundo e da humanidade, a fim de tornar o mundo o mais saudável possível, saudável no corpo e na alma. (…) Quis injetar em toda a ação pastoral e evangelizadora um amor compreensivo, humilde, serviçal, que fosse até a doação de si mesmo. Quis o evangelho vivido na pobreza, no desapego dos pobres terrestres e dos privilégios, numa atitude de peregrino totalmente disponível”. O Cardeal Lorscheider conclui o seu artigo afirmando que o Papa Paulo VI, numa visita, durante o Concílio, a ciganos acampados em Pomezia, perto de Roma, resumiu tudo nestas palavras: “Vós vos encontrais no coração da Igreja. Não tendes pátria, não tendes morada, sois os mais pobres dos pobres, imagem da Igreja do Vaticano: peregrinos perpétuos com os olhos fixos na Pátria Eterna!”

Justamente nesse ano de 2012, o papa Bento XVI está mandando a toda Igreja a carta apostólica “Porta Fidei” propondo um ano da fé que terá início em outubro próximo, para celebrar digna e profundamente o cinquentenário do Vaticano II. Será um estímulo a mais para as Igrejas de todo o mundo, especialmente para nós de Olinda e Recife que estamos empenhados em construir nosso novo Plano de Ação Pastoral, levando em conta todas as “novas questões” de que fala o Santo Padre e os desafios locais da vida e da história do nosso povo.

As palavras do profeta Isaias, proclamadas na primeira leitura e assumidas por Jesus na sinagoga de Nazaré, conforme escutamos no Evangelho de São Lucas, definem perfeitamente seu projeto messiânico e, consequentemente, dos seus discípulos de ontem, hoje e sempre: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19). O Evangelho nos indica os pobres, enfermos e pecadores como merecedores da especial atenção de Jesus. Referindo-se a estes, Jesus afirma com bastante clareza: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mc 2,17). As Igrejas da América Latina, que concentram a maior população católica do mundo, e também grandes desigualdades sociais, vêm confirmando a cada Conferência Episcopal, este caminho, quando assume a evangélica “opção preferencial pelos pobres”.

Neste dia em que Jesus Cristo celebrou, no cenáculo de Jerusalém, sua última ceia e realizou o eloquente gesto de amor, lavando os pés dos discípulos, somos convidados a renovar nosso compromisso sacerdotal e diaconal, reafirmando o nosso desejo de fidelidade à missão para o serviço, com as mesmas disposições do mestre Jesus. Somos convocados a viver na unidade e fraternidade, visando única e exclusivamente o bem espiritual e social dos nossos irmãos/ãs. A unidade foi um dos principais temas do testamento de Jesus, pronunciado na última ceia. Jesus, inclusive reza para “que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17,21). Ele entendia que, sem a força da unidade a missão colocada nas mãos de ”vasos de argila” seria impraticável. Os Santos óleos, hoje abençoados e consagrado que serão, ao longo deste ano, utilizados em nossas paróquias, são sinais da unidade que deve caracterizar a nossa Igreja.


Quinta-feira Santa é o verdadeiro dia do Padre. Gostaria de terminar com algumas das exortações colocadas da conclusão da Presbyterorum Ordinis: “Lembrem-se os presbíteros que jamais se encontram sós no desempenho de sua obra, mas que se apoiam sobre a força onipotente de Deus. Crendo em Cristo que os chamou a partilhar do seu sacerdócio, dediquem-se com toda confiança ao ministério, sabendo que Deus é poderoso para aumentar neles a caridade. Lembrem-se ainda que têm como companheiros os irmãos no sacerdócio e até os fiéis de todo o mundo. Pois todos os presbíteros cooperam na realização do plano de salvação de Deus, isto é, do mistério de Cristo, ou seja, do sacramento mantido oculto desde os séculos em Deus e que só pouco a pouco se realiza, conspirando os diversos ministérios para a edificação do corpo de Cristo, até que se complete a medida da idade d’Ele. Todos esses valores, embora estejam ocultos com Cristo em Deus, podem ser percebidos da maneira mais viva pela fé. Pois é pela fé que devem andar os guias do povo de Deus” (PO,22).

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo de Olinda e Recife.

sábado, 28 de abril de 2012

ISRAEL E O MONTE DO TEMPLO


Israel: Monte do Templo

O Monte do Templo é o lugar religioso de maior importância no Mundo para Judeus e Cristãos, e segundo a tradição muçulmana o terceiro lugar em importância para o mundo islâmico. O Monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, pelos judeus e cristãos, e Nobre Santuário (الحرام الشريف, transl. Al-Haram ash-Sharif) pelos muçulmanos. É também conhecida como a Esplanada das Mesquitas pelos árabes, e considerado um lugar sagrado para muçulmanos e judeus e é um dos locais mais disputados do mundo.

Muçulmanos e judeus da idade média acreditam que sob seus escombros está escondido o Templo de Salomão. Os templos sobre as rochas que encontram-se no local foram construídos pelos muçulmanos e é o terceiro local mais sagrado do islamismo, referência a viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao paraíso que foram fruto apenas de uma visão em um sonho de Maomé. O local é também associado a vários profetas judeus, sendo que os próprios muçulmanos consideram estes profetas judeus como muçulmanos. Lá localiza-se a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídas ambas no século VII, uma das estruturas mais antigas do mundo muçulmano. O Monte do Templo é o lugar mais sagrado do judaísmo, já que no Monte Moriá se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac. O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão), o local foi eleito pelo rei Davi para construir um santuário que abrigasse o objecto mais sagrado da fé judaica, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão, o filho de Davi, no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, resistindo no local por cerca de mais de 400 anos e sendo profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia. No Novo Testamento há também muitas e importantes passagens que relatam milagres e ensinamentos de Jesus na localização e dentro do Templo de Jerusalém. Alguns anos depois foi reconstruído o Segundo Templo, que resistiu alí também por mais de 400 anos, sendo que voltou a ser destruído em 70 E.C. pelos romanos, afim de conter a revolta judaica. Com a excepção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, neste mesmo local deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias. História O Monte do Templo, conhecido como Monte Moriah é na realidade o local onde Abraão, o Pai da fé teria oferecido seu filho Isaque a Adonai, recebendo como resposta de que não havia necessidade do sacrifício e que um cervo havia sido lhe entre em substituição. Além deste fato, segundo as Escrituras Sagradas, no mesmo local ficava localizada o celeiro de Araúna e seu campo de trigo, local onde o Rei Davi ofereceu o sacrifício ao Senhor afim de que a praga cessasse sobre a cidade de Jerusalém.

Desta forma havia compreendido Davi de que este era o local que Adonai havia escolhido entre todas as tribos de Israel para pôr ali o seu nome e sua arca para sempre. Neste mesmo local foram construídos posteriormente o Primeiro Templo sob o comando do Rei Salomão e o Segundo Templo sob o comando de Zorobabel que foi reformado e ampliado por Herodes o Grande. Com a queda de Jerusalém e a Queima do Templo no ano 70 E.C os judeus perderam seu principal local de culto e foram proibidos de residirem em Jerusalém por centenas de anos, sendo que este local caiu nas mãos dos romanos que construíram ali um templo a Zeus que posteriormente foi destruído e mais tarde no local foram construídas as duas mesquitas que resistem até os dias de hoje. O Califa Omar ordenou a construção de uma mesquita ao lado sudeste do local, em direção a Meca, somente 78 anos após isto foi concluída a mesquita de al-Aqsa. A construção original ficou conhecida por ter sido feito de madeira. Em 691 uma mesquita octogonal com uma cúpula foi construída sobre as rochas, chefiada pelo califa Abd al Malik, ficando o santuário conhecido como a Domo da Rocha (Qubbat as-Sakhra قبة الصخرة). Sua cúpula em si foi coberta de ouro somente em 1920. Em 715, os omíadas liderados pelo califa al-Walid I, construíram um templo nas proximidades de Chanuyos, que deram o nome de al-Masjid al-Aqsaالمسجد الأقصى, a al-Aqsa ou traduzido "a mais distante mesquita ", correspondente à crença muçulmana da lendária jornada noturna no relato do Alcorão e hadith feita por Muhammad(Maomé). O termoal-Haram al-Sharifالحرم الشريف (Santuário Nobre) refere-se a toda a área que circunda a rocha, como foi chamado mais tarde pela mamelucos e Império Otomano.

Após o local ter sido conquistado pelos cruzados, Saladino reconquistou Jerusalém e os templos em 2 de outubro de 1187, através do Cerco a Jerusalém. Antes da queda pelos cristãos, Saladino ofertou generosos termos de rendição, os quais foram rejeitados. Após o cerco ter iniciado, ele ofereceu 25% do reino de Jerusalém ao povo cristão, que também foi rejeitado, porém após a morte de uma série de muçulmanos (estima-se 5.000), as forças cristãs lideradas por Balião de Ibelin iniciaram a destruição dos locais sagrados muçulmanos localizados na Esplanada das Mesquitas, o que gerou a revolta entre os muçulmanos. Após a captura de Jerusalém, Saladino convidou os judeus a voltarem a cidade, sendo que estes anteriormente foram expulsos pelos cristãos. Os judeus de Ashkelon, uma grande população judaica, aceitaram este convite e voltaram a viver em Jerusalém. História recente

Frequentemente o acesso aos templos é bloqueado por questões de segurança (o que algumas organizações vêem como violações aos direitos humanos), porém em determinadas ocasiões do ano o acesso de fiéis oriundos da Cisjordânia é liberado pelo exército israelense; durante o Ramadã de 2008, por exemplo, o então ministro da defesa do país, Ehud Barak, permitiu o acesso, durante as reuniões de sexta-feira, apenas de homens entre 45 e 50 casados, mulheres de 30 e 45 anos, além de homens com mais de 50 e mulheres com mais de 45 anos. Segundo a ortodoxia judaica, os judeus não devem subir ao Monte do Templo porque o consideram um lugar sagrado profanado e porque poderiam, sem querer, violar o Santo dos Santos do antigo templo, isto é, a zona do mesmo cuja entrada só estava permitida ao Sumo Sacerdote. Os conflitos na região ocorrem constantemente devido a falsas acusações dos muçulmanos de Israel põem em risco o local com escavações arqueológicas, mas no ano de 2007 foram os muçulmanos que fizeram escavações e construções ilegais, ampliando o número de mesquitas no local para três e causando a destruição de milhares de raridades arqueológicas que se encontravam no sub-solo.

Fonte: Cafetorah

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PROG DA VISITA DOM FERNANDO EM JABOATAO.


Paróquia em Jaboatão será a oitava a receber a Visita Pastoral do arcebispo

A Paróquia Santo Amaro, em Jaboatão dos Gurarapes, Região Metropolitana do Recife, será a oitava a receber a Visita Pastoral do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. O evento terá início nesta sexta-feira, 27, e seguirá até o próximo domingo 29. A paróquia faz parte do Vicariato Vitória.

A visita começa às 11h, com a acolhida do arcebispo na Praça do Metrô e, em seguida, caminhada até a Igreja do Rosário. No local, será recitada oração do Ângelus. A programação segue às 15h com o encontro com as autoridades e lideranças religiosas do município. O Conselho Missionário Paroquial (Comipa) também se reunirá com o arcebispo a partir das 16h. Os jovens reenducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo foram lembrados e além de receberem o arcebispo participarão de uma celebração. A educação será tema de debate entre autoridades religiosas e os educadores de Jaboatão às 19h30.

No sábado, 28, estão previstos vários encontros com diversas pastorais para discutir a ação evangelizadora, desafios, conquistas e ações de cada uma delas na paróquia. Entre os assuntos debatidos, estão: catequese, liturgia, comunicação e o encontro com os membros da Pastoral da Pessoa Idosa. Dom Fernando ainda fará visita há algumas comunidades, hospital e caminhará ao lado das pessoas na feira pública da cidade. À noite, haverá Celebração Eucarística em algumas capelas. O arcebispo presidirá Missa na Capela São Sebastião.

O último dia da visita será destinado ao debate com as famílias, juventude e lideranças da paróquia. O arcebispo também reservará um momento para conversa individual com os fiéis às 15h30, na Igreja Nossa Senhora do Rosário. O encerramento da Visita Pastoral será às 17h com a Concelebração de Encerramento, na quadra do Colégio Yapoatan.

As visitas pastorais estão sendo realizadas quinzenalmente e a previsão é que 17 paróquias recebam dom Fernando e sua comitiva.


PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira 27/04

11h: Acolhida do arcebispo na Praça Dantas Barreto em frente ao Metrô (jovens / grupos / movimentos / pastorais e se possível, autoridades e representantes do comércio e escolas) e caminhada para a Igreja N. Sra. do Rosário.
Mensagem de gratidão louvando a Deus por esse momento e entregando os trabalhos da paróquia.
Ângelus rezado por Dom Fernando.
12h: Almoço com os padres
15h: Encontro do arcebispo com as autoridades e lideranças religiosas do município. Local – Matriz
16h: Encontro com o Conselho Missionário Paroquial (Comipa)
16h30: Visita a FUNASE
Local – Rosário
18h00: Jantar
19h30: Encontro com a educação – Local – SIMPROJA (Frei Rinaldo / Irmã Edilene)
 

Sábado 28.04

7h: Laudes  - Local Aparecida ( Café comunitário )
8h30 – Visita a feira
9h: Reunião com a comissão da Liturgia - Local – Rosário -
PASCOM – Rosário
10h30: Reunião com a secretaria/ arquivo e administração – Local: secretaria
11h: Visita ao Hospital
12h:Almoço
15h: Visita a Comunidade Sta. Luzia – Local – Residência de Fátima
Encontro com a catequese – Local – Rosário
16h30: Dispensário dos Pobres – AIC / Past. Do Idoso e Past. Da Criança + famílias assistidas
18h: Jantar na Comunidade de São Joaquim
19h30: Missa na comunidade São Sebastião Lote 56 – Dom Fernando
Missas nas comunidades N. Sra. Auxiliadora / N. Sra. do Rosário e Área Pastoral Alto da Goiabeira

Domingo 29.04 

7h Laudes – Local: Área Pastoral Santa Edwiges
7h30: Café comunitário
8h30: Encontro com ECC e Pastoral Familiar
9h30: Famílias em Geral – Local – Oratório
10h30: CPP e Lideranças – Local – Rosário
12h:Almoço
14h: Jovens – Local: Oratório
15h30: Conversa individual com os fiéis
17h: Encerramento da Visita Pastoral com a Celebração da Santa Missa – Local – Rosário ou Quadra do Yapoatam Colégio e Curso
Da Assessoria de Comunicação AOR

SERESTA DAS MAES HOMENAGEN DO PROGRAMA SALVE MARIA.


Indiana 'prometida' com 1 ano anula casamento forçado pela 1ª vez no país


Indiana 'prometida' com 1 ano anula casamento forçado pela 1ª vez no país

Atualizado em  26 de abril, 2012 - 05:43 (Brasília) 08:43 GMT
Laxmi Sargara. | Foto: AFP
Garota descobriu que estava casada 17 anos depois
Uma jovem anulou legalmente um arranjo para casamento feito quando ela ainda era uma criança, no que seria o primeiro caso do tipo na Índia.
Laxmi Sargara, de 18 anos, se casou com Rakesh no Estado do Rajastão, no norte do país, quando ela tinha somente um ano de idade e ele, três.
Ela cresceu com sua família e só descobriu que estava casada quando seus sogros foram "exigi-la" esse mês.
Casamentos forçados de crianças são ilegais na Índia, mas ainda são comuns em muitas regiões do país, especialmente em comunidades rurais e mais pobres.

'Deprimida'

Depois de apelar para seus pais sem sucesso, Laxmi procurou a ajuda da ONG local Sarathi Trust.
"Ela ficou deprimida. Ela não gostava do garoto e não estava preparada para cumprir a decisão dos pais", disse o funcionário da ONG Kriti Bharti à agência de notícias AFP.
"É o primeiro exemplo que conhecemos de um casal que se casou na infância querendo a anulação do casamento e esperamos que outros se inspirem", afirmou.
A ONG diz que, no início, Rakesh queria seguir adiante com o casamento, mas mudou de ideia.
Laxmi e Rakesh assinaram uma declaração juramentada de que o casamento é nulo na presença de um tabelião em Jodhpur.
Narayan Bareth, um jornalista na capital do Rajastão, Jaipur, diz que segundo uma pesquisa recente, 10% das meninas do Estado são casadas antes de completarem 18 anos.
De acordo com correspondentes, há casos raros no país de meninas que se recusaram a casar.
A Unicef afirma que 40% dos casamentos forçados de crianças do mundo acontece na Índia, mas que os esforços recentes para acabar com a prática diminuíram esse número.

A primeira Missa do Brasil


A primeira Missa do Brasil

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E faz hoje 512 anos que foi celebrada a primeira missa no Brasil recém-descoberto. O primeiro ato público realizado nesta Terra de Santa Cruz; a esquadra de Cabral aqui aportou no dia 22 de abril e, no dia 26, o frei Henrique de Coimbra subia ao altar do Deus que é a alegria da sua juventude para oferecer à Trindade Santa o sacrifício do Corpo e do Sangue de Cristo.
A conhecida pintura – como nos diz o Salvem a Liturgia! – retrata a missa do dia primeiro de Maio, sexta-feira, a primeira em terras continentais. A missa do dia 26 – então Domingo in Albis, da Oitava de Páscoa – foi celebrada em uma pequena ilhota hoje inexistente. Feito o pequeno reparo histórico, o fato é que hoje nós celebramos as primícias da vocação do Brasil, o desabrochar da história desta terra chamada a glorificar a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na efeméride talvez valha a pena a leitura de dois textos sobre o assunto. Um do Orlando Fedeli e, outro, do Plínio Corrêa de Oliveira. Deste último, destaco esta exortação aos poderes públicos:
“Na harmonia desta mesma obra está a predestinação de uma íntima cooperação entre dois poderes.
“Deus jamais é tão bem servido como quando César se porta como seu filho.
“Senhores, em nome dos católicos do Brasil, eu vo-lo afianço: César jamais é tão grande como quando é filho de Deus.
“Nessa colaboração está o segredo de nosso progresso, e nela vossa parte é verdadeiramente magnífica.
“Trabalhai, senhores, trabalhai neste sentido.
“Tereis a cooperação entusiástica de todos os nossos recursos, de todos os nossos corações, de todo o nosso fervor.
“E quando algum dia Deus vos chamar à vida eterna, tereis a suprema ventura de contemplar um Brasil imensamente grande e profundamente cristão, sobre o qual o Cristo do Corcovado, com seus braços abertos, poderá dizer aquilo que é o supremo título de glória de um povo cristão.
Que distância vai entre estes arroubos de entusiasmo patriótico e a triste situação do Brasil atual, que jaz sob o peso dos adversários da civilização e agoniza subjugado pelos inimigos da Cruz de Cristo – Cruz que primeiro deu nome a esta Terra! Mas há ainda esperança, se levantarmos os olhos para o Céu e, de lá, esperarmos o nosso socorro. Se nos esforçarmos por fazer valer a lembrança do dia de hoje: da primeira vez em que Cristo foi exaltado no Brasil. Se correspondermos às graças que o Todo-Poderoso tem reservadas para a nossa Pátria Amada.
Que a Virgem Santíssima, Rainha e Padroeira do Brasil, possa conduzir a nossa Pátria às grandezas às quais ela está destinada. Que Ela nos possa valer e o Brasil, liberto do lamaçal pútrido onde hoje se encontra, possa erguer-se ao sol do Deus da Justiça qual impávido e imponente colosso. Que a Virgem Aparecida salve o Brasil.